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Brasil Governo federal estuda quebrar a “regra de ouro” que limita a emissão de dívidas

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A recomendação de especialistas é não alterar de forma significativa os investimentos apenas com base no resultado de junho. (Foto: Reprodução)

Os sucessivos rombos nas contas públicas e o forte cortes nos investimentos podem levar o governo a descumprir, a partir de 2018, uma regra prevista na Constituição e que configura crime de responsabilidade do presidente da República. A chamada “regra de ouro” proíbe a União de emitir dívidas em um volume superior às despesas de capital, como investimentos.

O objetivo é evitar que o Estado se endivide demais para pagar despesas correntes, como gasto com pessoal e conta de luz, empurrando a conta para outros governos. Esse risco aumentou com o agravamento da situação fiscal. De um lado, o governo tem emitido mais títulos para financiar despesas. De outro lado, foi obrigado a cortar drasticamente os investimentos públicos, uma das poucas despesas que pode manejar sem mudanças na legislação.

Nos 12 meses encerrados no mês passado, a emissão de dívidas superou os investimentos em R$ 7 bilhões. Neste ano, a situação será resolvida com o retorno de R$ 50 bilhões do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social) aos cofres do Tesouro – $ 33 bilhões na quinta-feira (28), e o restante até dezembro.

Mas, em 2018, esse descompasso alcançará os R$ 184 bilhões, de acordo com o Tesouro, que passará a divulgar esses dados mensalmente. Sem uma devolução mais substancial de recursos do banco no ano que vem – o pedido é por R$ 130 bilhões adicionais, o que ainda está em negociação –, não há solução para o problema, afirmou a secretária do Tesouro Nacional, Ana Paula Vescovi.

“Hoje não temos plano B. A discussão é em torno da necessidade do cumprimento de uma regra constitucional.” De acordo com ela, além dos R$ 130 bilhões de devolução que estão sendo negociados com o banco, uma parte dos R$ 50 bilhões que vão voltar ao Tesouro até dezembro poderá ser usada para resolver o problema de 2018.

Déficit

Dados de agosto divulgados pelo Tesouro ilustram a gravidade do quadro fiscal. A despeito de um crescimento da receita líquida de 19,7% em relação ao mesmo mês de 2016, alta impulsionada pela devolução de precatórios não sacados e receita com o Refis, o déficit totalizou R$ 9,6 bilhões.

O número veio melhor do que o esperado pelo mercado, que projetou resultado negativo acima de R$ 15 bilhões, mas, no ano, o rombo é de R$ 85,8 bilhões, pior resultado da série iniciada em 1997. No acumulado em 12 meses, o déficit é de R$ 172,8 bilhões, acima da meta fiscal, de R$ 159 bilhões.

O Tesouro alega que o rombo em 12 meses está inflado porque o governo antecipou o pagamento de precatórios. Sem esse efeito, esse déficit estaria em R$ 154,7 bilhões. O Tesouro informou que as mudanças no Refis reduzirão a receita em cerca de R$ 5 bilhões, com a arrecadação caindo para R$ 3,8 bilhões. O prejuízo em parte será compensado pela receita extra de R$ 4,4 bilhões dos leilões das usinas da Cemig e de blocos de petróleo.

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https://www.osul.com.br/governo-estuda-quebrar-a-regra-de-ouro-que-limita-emissao-de-dividas/ Governo federal estuda quebrar a “regra de ouro” que limita a emissão de dívidas 2017-09-29
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