Terça-feira, 21 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de outubro de 2022
Guedes foi às redes sociais na sexta-feira para ressaltar os bons números da economia.
Foto: Marcello Casal Jr/Agência BrasilO bloqueio feito no Orçamento para cumprir o teto de gastos, guardado a sete chaves pela equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, está provocando uma onda de anulações de emendas parlamentares que já haviam sido empenhadas. Na Agricultura, Cidadania e Desenvolvimento Regional, a anulação supera R$ 270 milhões.
Como a Economia não quer revelar detalhes do bloqueio, provavelmente para evitar danos eleitorais a Bolsonaro, não é possível saber se o corte recai em pedidos de parlamentares que não se reelegeram. Enquanto isso, Arthur Lira (PP-AL) já começou a telefonar para os eleitos, numa pré-campanha pela reeleição na Câmara.
Desempenho
Guedes foi às redes sociais na sexta-feira (7) para ressaltar os bons números da economia e afirmar que o Brasil deverá fechar as contas públicas com um saldo positivo pela primeira vez desde 2014.
Após revisão do governo federal, o País terminará o ano com mais de R$ 13 bilhões no positivo. Segundo o governo central – uma aliança do Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central -, a melhora representa R$ 72,9 bilhões a mais do que a projeção anterior, já que o rombo projetado pelo Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas era de R$ 59,3 bilhões.
“Se confirmada, a projeção para o resultado primário [que exclui despesas financeiras] será a melhor em oito anos. Desde 2014, o Brasil apresentava saldo negativo [déficit] nas contas públicas”, disse o ministro explicando que o aumento da arrecadação de impostos e a contenção das despesas possibilitaram a melhora nas contas.
Uma das práticas realizadas pelo governo Bolsonaro foi a desoneração sobre os combustíveis, já que a prática resultou em um salto de R$ 82,1 bilhões em relação à estimativa no meio do ano. Em agosto deste ano, a arrecadação atingiu os R$ 172,31 bilhões – uma alta de mais de 8% em relação ao mesmo período no último ano. No total, de janeiro até agosto, o total arrecadado pelo Ministério da Economia foi de R$ 1,46 trilhão, um acréscimo de 10,17% pelo IPCA. É o melhor desempenho arrecadatório desde 2000 tanto para o mês de agosto, quanto para o período agregado.