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Brasil Governo já admite derrota no Tribunal de Contas da União e mobiliza aliados contra processo de impeachment

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Ministro do Planejamento, Nelson Barbosa (foto), e o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, tentarão explicar as "pedaladas fiscais" (Foto: José Cruz/Abr)

Ao avaliar que deve ser condenado no julgamento das contas do governo de 2014 pelo TCU (Tribunal de Contas da União) em breve, o governo iniciou uma estratégia para tentar sensibilizar aliados a não apoiar eventual processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff no Congresso decorrente da condenação. Em uma proposta acertada com o Palácio do Planalto na segunda-feira (06), a operação do governo na Câmara dos Deputados e no Senado quer angariar apoios a uma eventual decisão desfavorável à petista.

A primeira iniciativa dos aliados ocorreu na terça-feira (07), com a aprovação de um requerimento para a formação de uma audiência pública na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado com a presença do ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, e do advogado-geral da União, o ministro Luís Inácio Adams, para explicar um dos principais pontos questionados pelo TCU nas contas de Dilma, as chamadas “pedaladas fiscais” – prática do Tesouro Nacional de atrasar de forma proposital o repasse de dinheiro para bancos públicos e também instituições privadas.

A intenção com a audiência, que deve ser realizada na terça (14) ou na quinta-feira (16) da próxima semana, é de que os dois ministros reforcem a defesa do governo e rebatam questionamentos acerca das supostas irregularidades nas contas de Dilma. A movimentação tem por objetivo garantir apoios da desestruturada base aliada em um eventual julgamento do processo de impeachment e, ao mesmo tempo, dar argumentos técnicos para que os aliados defendam o governo. Também como parte dessa operação, Barbosa e Adams conversarão com as bancadas dos partidos da base aliada nos próximos dias.

Regularidade

Na terça-feira (07), ambos apresentaram à bancada do PT na Câmara dados que mostram que o TCU avaliou como regulares, em anos anteriores, práticas semelhantes às “pedaladas fiscais”. “Trazemos ao Congresso que esses apontamentos foram entendidos no passado como regulares. Essa realidade existiu em 2000, 2001, 2002 e assim por diante e foram situações consideradas regulares pelo tribunal”, afirmou Adams. “Toda a atuação fiscal segue a lei vigente em anos anteriores e neste ano também”, acrescentou Barbosa, ao deixar o encontro.

O advogado-geral disse que era “oportuno” conversar com os parlamentares, já que o parecer do TCU será encaminhado ao Congresso Nacional. Ele negou que a Corte esteja agindo politicamente, e acrescentou que a decisão do órgão levará em conta a defesa da União.

Na articulação na CAE, o presidente da comissão e líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (PT-MS), aceitou votar o requerimento do líder do PDT na Casa, Acyr Gurgacz (RO), de convidar Adams, Barbosa e o presidente do TCU, Aroldo Cedraz, para o encontro. O pedido do pedetista foi votado como item fora da pauta. A praxe do colegiado é apresentar o requerimento em uma reunião e votar apenas na semana seguinte.

“É uma excelente oportunidade para dar publicidade e esclarecer de vez essa história. Não dá para ficar uma situação dúbia, onde comecem a pairar dúvidas sobre as decisões do governo”, destacou Delcídio. “O governo está muito seguro, muito consciente das suas justificativas. E, importante também, o governo vai mostrar que muitas das coisas que estão sendo colocadas, elas foram feitas em outros governos também e ninguém disse nada”, completou.

Em blindagem ao Planalto, Delcídio também anunciou que convidará para a audiência na comissão somente o procurador do Ministério Público no TCU Júlio Marcelo de Oliveira e o auditor do TCU Antônio Carlos d’Ávila, a pedido do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE). Contudo, declarou que não pretende chamar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, que também teve um requerimento de convite aprovado na semana passada a pedido do tucano. (AE)

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