Segunda-feira, 01 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 1 de dezembro de 2025
O ministro da Educação, Camilo Santana, disse nessa segunda-feira (1º), que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou a criação de 8.600 cargos em universidades federais.
“Isso faz parte da consolidação dos campus já existentes, mas também da criação dos 11 novos campus que o presidente Lula está implementando no Brasil e das duas novas universidades lançadas na semana passada: a Universidade Indígena e a Universidade do Esporte”, disse em reunião ministerial na tarde desta segunda.
Santana destacou que o último concurso público para a contratação de servidores em universidades federais foi em 2017.
Na última quinta (27), Lula enviou ao Congresso Nacional projetos de lei de criação da Universidade Federal do Esporte e da Universidade Federal Indígena. As duas instituições terão suas sedes em Brasília, mas com atuações em outras regiões. A previsão é de que as unidades entrem em funcionamento em 2027.
A definição dos cursos, nas duas universidades, virá apenas após a aprovação dos projetos de lei no Congresso Nacional. O plano prevê que a Universidade Federal do Esporte tenha centros de excelência nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Sul, além da sede no Distrito Federal.
A previsão é de que a instituição ofereça cursos como de técnico de futebol e de gestão do esporte com 3.000 vagas disponíveis e cursos de quatro semestres. Haverá também parceria com a Universidade Aberta do Brasil, para cursos à distância.
Já a Universidade Federal Indígena deverá ter cursos como gestão ambiental e territorial, gestão de políticas públicas, sustentabilidade socioambiental e promoção das línguas indígenas.
Com a oferta inicial de dez cursos, a previsão é de oferecer até 48 cursos de graduação e atender aproximadamente 2,8 mil estudantes indígenas nos primeiros quatro anos de implantação.
Estatais
O governo Lula deve afrouxar a meta fiscal das estatais federais em 2026 para acomodar as despesas relacionadas ao plano de reestruturação dos Correios.
Sem essa medida, o Executivo estaria sob risco de precisar segurar outras despesas do Orçamento para compensar o estouro no alvo a ser perseguido pelas empresas, a exemplo do que foi feito em 2025. Num ano eleitoral, porém, a contenção seria um tema delicado para o governo.
Neste ano, a equipe econômica precisou segurar R$ 3 bilhões em gastos para compensar o déficit maior das estatais, decorrente principalmente da situação dos Correios.
A empresa aprovou a contratação de um empréstimo de R$ 20 bilhões junto a bancos públicos e privados. O dinheiro será usado para financiar as ações previstas em seu plano de reestruturação, como PDV (programa de demissão voluntária), regularização de pagamentos com fornecedores e quitação de outras dívidas. (Com informações dos portais Estadão e Folha de São Paulo)