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Política Governo Lula avalia que Tarcísio “ultrapassou a linha” no discurso em ato pró-anistia; para a oposição, o tom foi necessário

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Para o governo, Tarcísio, que sempre teve boa relação com o STF, agora tende a ficar isolado. (Foto: Pedro França/Agência Senado)

A avaliação no Palácio do Planalto e entre ministros do governo do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é a de que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), “escalou demais” e “ultrapassou a linha” em suas críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) durante os atos pró-anistia dos envolvidos na tentativa de golpe, no último domingo (7).

A leitura feita pela maioria é que Tarcísio fez um gesto para se viabilizar como o candidato da base bolsonarista em 2026, mas que o movimento foi arriscado. “Ele quer demonstrar lealdade para ser o candidato à presidência, mas é um jogo arriscado, ele escalou, ficou muito ruim, um desrespeito”, disse um ministro próximo de Lula ao blog da jornalista Julia Duailibi, no portal g1.

Dentro do governo, há duas teses para explicar a intensidade da fala do governador paulista. Uma parte acredita que foi um movimento friamente calculado para agradar a base radical. Outra corrente avalia que Tarcísio calculou mal, se empolgou com a multidão e não conseguiu dosar as palavras.

Independentemente da motivação, a consequência, na visão do governo, é clara: Tarcísio, que sempre teve boa relação com o STF, agora tende a ficar isolado na Corte. “Destruiu pontes”, resumiu um interlocutor de Lula.

A resposta do ministro do STF Gilmar Mendes foi bastante elogiada pelos governistas e também por colegas no Supremo. Resume o espírito da corte.

Lado positivo

Apesar da crítica, há no governo quem veja um lado positivo na radicalização do discurso. Um ministro afirmou que é melhor que o Tarcísio escancarado apareça desde já: “Importante o povo conhecer a face das pessoas antes”.

Outro ministro, no entanto, avalia que pouco importa qual Tarcísio seja mostrado, e que o governo precisa se concentrar na disputa de projetos e valores, e não de personalidades.

Do lado da oposição, um aliado de centro do governador paulista avalia que a estratégia foi acertada. Segundo ele, Tarcísio vinha apanhando de dois lados, dos bolsonaristas e da esquerda, e resolveu assumir um lado para tomar pancada só de um lado. “Deu certo. O tom a mais foi necessário para o momento.” Contudo, ele acredita que Tarcísio não perdeu as características de um político moderado.

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