Segunda-feira, 11 de agosto de 2025
Por Redação O Sul | 2 de janeiro de 2023
No primeiro dia do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), 1.204 servidores que desempenhavam funções de confiança na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foram exonerados.
A informação foi confirmada pelo ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT). O petista disse ainda que há mais exonerações a serem publicadas nos próximos dias.
A equipe do ministro nega, no entanto, que a máquina pública será paralisada. Segundo secretários da Casa Civil envolvidos na organização da estrutura ministerial, as exonerações foram concentradas nos cargos mais altos dos ministérios e da Presidência, todos comissionados.
Ao longo da transição, Rui Costa rejeitou a ideia de que promoveria uma “desbolsonarização” do governo, com ampla demissão de funcionários, com recorte ideológico.
Quando assumiu em 2019, a equipe ministerial do ex-presidente Jair Bolsonaro, representada por Onyx Lorenzoni, então ministro da Casa Civil, prometia “despetizar” a máquina federal.
Algumas demissões de centenas de funcionários, porém, provocaram problemas e chegaram até a ser revertidas por alguns dias.
Elo com Estados
Empossado nessa segunda-feira (2) ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa adiantou algumas prioridades como líder da pasta considerada centro administrativo do governo federal. O diálogo entre ministérios, poderes e instâncias do Executivo foi destaque no discurso de posse.
O plano de Costa é agendar uma reunião com os governadores das 27 unidades federativas ainda em janeiro, conforme demanda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O objetivo é restabelecer um diálogo com os chefes dos executivos locais para definir medidas prioritárias de repasses da União.
“Vamos buscar intensificar com ministro Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) um pacto federativo, discutido com os governadores. O presidente quer reunir os governadores para que possamos definir pautas”, disse Rui Costa, ressaltando que o diálogo ocorrerá com as bancadas no Congresso e com os ministros de Estado. Segundo Rui Costa, uma reunião interministerial deve ocorrer na próxima semana.
No âmbito do Judiciário, o objetivo da Casa Civil é buscar alternativas para “destravar todas as obras que estão judicializadas”. Costa disse, no entanto, que não possui a relação de obras paralisadas e acusou a gestão anterior de suprimir os dados. Segundo Costa, o atual governo fará um levantamento da situação. A conclusão de creches, escolas e unidades de saúde serão prioridade.