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Saúde Governo Lula retira Brasil de declaração internacional contra o aborto

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Presidente inicia nesta segunda-feira, no Rio, tour de inaugurações pelo País. (Foto: Ricardo Stuckert)

Em mais um passo para se distanciar da política externa bolsonarista, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva retirou nesta terça-feira (17) o Brasil do Consenso de Genebra sobre Saúde da Mulher e Fortalecimento da Família, aliança antiaborto que tinha em Brasília sua maior entusiasta desde que Donald Trump deixou a Casa Branca há dois anos. Simultaneamente, o governo aderiu a duas iniciativas multilaterais para promover maior igualdade de gênero na América Latina.

O anúncio foi feito em um comunicado conjunto dos ministérios das Relações Exteriores, da Saúde, das Mulheres, dos Direitos Humanos e da Cidadania, afirmando que o Consenso de Genebra “contém entendimento limitativo dos direitos sexuais e reprodutivos e do conceito de família”. A visão, diz a nota, “pode comprometer a plena implementação da legislação nacional sobre a matéria, incluídos os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS)”:

“O governo reitera o firme compromisso de promover a garantia efetiva e abrangente da saúde da mulher, em linha com o que dispõem a legislação nacional e as políticas sanitárias em vigor sobre essa temática, bem como o pleno respeito às diferentes configurações familiares.”

O Consenso de Genebra foi criado em 2020 por Trump — em uma declaração coautorada por Bolsonaro — para tentar bloquear votações em fóruns internacionais sobre educação sexual e direitos reprodutivos, alegando que abrem caminho para a legalização do aborto. Os quatro pilares do grupo são “preocupação com a saúde da mulher, proteção da vida humana, fortalecimento da família e defesa da soberania das nações na criação de políticas próprias de proteção à vida”.

O pacto tinha originalmente 34 países signatários, quase todos à época governados por regimes ultraconservadores ou autocráticos. Há países internacionalmente criticados por violações dos direitos humanos como o Egito, a Arábia Saudita e o Iraque. Também fazem parte Polônia e Hungria, onde reveses no Estado de Direito causam dores de cabeça para a União Europeia.

Com a saída, o Brasil segue os passos de outros países que tiveram mudanças de comando: o presidente americano, Joe Biden, tirou Washington do Consenso de Genebra imediatamente após sua posse, em janeiro de 2021. O presidente colombiano, Gustavo Petro, fez o mesmo ao assumir em agosto do ano passado.

Em novembro, dias após a eleição, mais de cem organizações da sociedade civil assinaram um manifesto pedindo que Lula tirasse o Brasil da aliança. Afirmavam que a participação nacional “manchava a trajetória da política externa brasileira em matéria de direitos humanos”. As informações são do jornal O Globo.

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https://www.osul.com.br/governo-lula-retira-brasil-de-declaracao-internacional-contra-o-aborto/ Governo Lula retira Brasil de declaração internacional contra o aborto 2023-01-17
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