Segunda-feira, 24 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 20 de março de 2016
Com a instalação da comissão do impeachment da presidenta Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados, a partir de amanhã o governo e a oposição põem em campo as suas estratégias para conquistar apoio do colegiado que elaborará o relatório e do plenário da casa, onde são necessários 342 votos para autorizar o processo e levá-lo para julgamento no Senado.
Enquanto os oposicionistas buscam consolidar a parceria com movimentos contrários a Dilma, o plano do Palácio do Planalto envolve toda a sua “tropa de choque”, inclusive o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O governo calcula ter 34 dos 65 votos da comissão encarregada do parecer. Um dos líderes governistas acredita que os deputados que se dizem indecisos sinalizam, na verdade, que pretendem ter as suas demandas atendidas pelo Executivo.
Outro interlocutor do governo ressalta que o ministro Ricardo Berzoini (Secretaria de Governo), o ex-ministro da Casa Civil Jaques Wagner (atual chefe de gabinete de Dilma) e o assessor especial da Presidência Giles Azevedo, além de Lula, conversarão individualmente com os demais membros do primeiro escalão, para que mobilizem os seus partidos.
Também serão procurados os líderes das legendas. A ideia é formar uma equipe de parlamentares de confiança para abordar os seus correligionários e detectar insatisfações, a fim de garantir maioria em plenário, onde o texto pode ser votado ainda na primeira quinzena de abril.
Já a oposição prevê 33 ou 34 votos favoráveis ao impeachment. Ela aposta em novos fatos e na pressão das ruas para atrair supostos 11 indecisos e chegar à votação do parecer com 40 votos. (AE)