Segunda-feira, 29 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 8 de maio de 2017
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Está por um triz a permanência do deputado federal gaúcho Ronaldo Nogueira, do PTB, no cargo de ministro do Trabalho. Ele conseguiu a proeza de ter votado contra itens do projeto de reforma da legislação trabalhista, depois de ser exonerado do ministério para reforçar o apoio do governo a esta e a outras medidas. Como deputado, o ministro Nogueira atuou ao lado da oposição contra a regulamentação do trabalho intermitente, também prevista na reforma aprovada pelos deputados no dia 26 de abril e que seguiu para o Senado.
A favor do imposto sindical obrigatório?
Em outra frente, o ministro do Trabalho se mostra a favor da manutenção do imposto sindical obrigatório, inclusive para servidores públicos. Tanto assim, que foi preciso o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), procurar o presidente Michel Temer para pedir que obrigasse o ministro a revogar uma instrução normativa da pasta, exigindo que servidores públicos também paguem o imposto sindical, assim como os demais trabalhadores da iniciativa privada. Por ordem do Palácio do Planalto, Nogueira foi obrigado a assinar nova portaria suspendendo os efeitos da instrução normativa. Maia cobra do governo a substituição do ministro.
Pelegos desesperados com perda do imposto sindical
Pelegos dos sindicatos de todo o País não escondem o nervosismo, por razões nada edificantes. Temem perder a receita do imposto sindical obrigatório, um negócio que rende quase 4 bilhões de reais a 16,4 mil entidades sindicais, a maioria de pouca expressão. A reforma extingue a contribuição obrigatória, descontada dos trabalhadores e que em 2016 rendeu 59,8 milhões de reais somente à CUT, braço sindical do PT. A Força Sindical embolsou 46,5 milhões de reais.
Sartori afina o time
Com o time do secretariado afinado, o governador José Ivo Sartori prepara agora uma ofensiva legislativa para a votação – e possível aprovação – do pacote de medidas, encalhado desde o final do ao passado. Ontem, ele aproveitou a primeira reunião da nova formação do secretariado para reforçar orientações e a sintonia no alinhamento político do governo. Reafirmou que a gestão está focada em dois grandes vetores: continuar os ajustes e a modernização do Estado e melhorar a qualidade dos serviços entregues à população nas áreas essenciais. Um dado importante, talvez o mais relevante: Sartori, olho no olho, pediu aos secretários mais ativismo e posicionamento político em relação ao governo. Traduzindo: secretário pode desfrutar dos bônus, mas precisa enfrentar o ônus de defender o governo.
Mais uma semana pra costurar apoios
Agora, o foco do Executivo é costurar apoios no legislativo para a aprovação de 11 projetos remanescentes que continuam pendentes e que fazem parte do pacote de ajuste fiscal do governo Sartori. Um acordo fará com que, nesta terça-feira, apenas três projetos, que não fazem parte do pacote, sejam levados ao plenário. Até a próxima terça-feira, dia 16, o governo do Estado usará o tempo disponível para convencer deputados do PDT e do PTB sobre a relevância dos projetos pendentes.
E a greve dos Correios?
Em greve desde o último dia 26, servidores dos Correios decidiram nessa retornar ao trabalho. A greve nada tem a ver com o rombo de cerca de 1,5 bilhão de reais causado pelas gestões dos governos de Lula e Dilma no Postalis, o fundo de aposentadoria dos funcionários. A paralisação, ao que se noticia, foi em protesto contra as medidas de austeridade da atual gestão para reduzir o prejuízo de 4 bilhões de reais herdado de gestões anteriores.
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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