Quarta-feira, 26 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de abril de 2016
Em estratégia para tentar desarmar eventuais manobras no processo de impeachment, o governo Dilma Rousseff recorrerá ao STF (Supremo Tribunal Federal) para evitar que as regras da votação sejam estabelecidas pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). O pedido tem como objetivo induzir a Suprema Corte a estabelecer um rito para a votação em plenário e impedir Cunha de criar regras que influenciem deputados federais a se posicionarem favoravelmente à saída da petista.
A ideia é que a medida seja protocolada nos próximos dias por parlamentares do PT ou do PCdoB, evitando que o governo entre de maneira antecipada na estratégia de judicializar o processo de impeachment, o que deve ocorrer apenas ao fim do trâmite na Câmara dos Deputados.
Cunha pretende marcar a votação para o dia 17, um domingo, para coincidir com um possível protesto em frente ao Congresso e permitir maior audiência televisiva, o que poderia constranger os contrários ao impeachment. Ele pretende fazer a chamada por Estados, iniciando pelo Rio Grande do Sul, majoritariamente contrário à petista, e deixando o Nordeste, em tese mais favorável à Dilma, para o fim.
(Folhapress)