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Saúde Grávidas que já tomaram a vacina de Oxford devem receber a segunda dose? Há vacina segura para as gestantes? Tire suas dúvidas

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A azitromicina fornece cobertura contra bactérias adicionais que causam infecções maternas. (Foto: Unsplash)

A morte de uma gestante de 35 anos vítima de acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico com plaquetopenia (formação de coágulos no sangue associados a um quadro de diminuição de plaquetas) e de seu bebê está sendo investigada por uma possível relação com a aplicação da vacina da AstraZeneca/Oxford/Fiocruz contra a covid-19.

O caso levou o Ministério da Saúde a suspender na terça-feira (11) a aplicação do imunizante em grávidas e puérperas (mulheres que deram à luz há até 45 dias). Na noite anterior, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) havia emitido uma nota recomendando a suspensão.

A AstraZeneca afirmou, em comunicado, que as mulheres que estavam grávidas ou amamentando foram excluídas dos testes da vacina contra a covid-19.

“Esta é uma precaução usual em ensaios clínicos”, informou a empresa, que ressaltou: “Os estudos em animais não indicam efeitos prejudiciais diretos ou indiretos no que diz respeito à gravidez ou ao desenvolvimento fetal”.

Mas, afinal, o que devem fazer as grávidas que já tomaram a primeira dose da vacina da AstraZeneca? Confira as perguntas e respostas sobre o assunto:

1) O que as grávidas e puérperas que já tomaram a primeira dose da vacina da AstraZeneca/Oxford devem fazer?

A ocorrência de plaquetopenia e eventos tromboembólicos são extremamente raros. A recomendação é que as gestantes que tomaram a primeira dose recebam acompanhamento médico e fiquem atentas a sintomas não habituais, como piora no estado geral, febre e sudorese. Nestes casos, diz Agnaldo Lopes, presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a gestante ou puérpera deve buscar assistência médica.

2) Grávidas que tomaram a primeira dose da AstraZeneca devem tomar a segunda?

Ainda não há resposta definida para isto. O Ministério da Saúde detalhará, em nota técnica a ser publicada nos próximos dias, orientações para as que já receberam a primeira dose. Alguns Estados suspenderam temporariamente a aplicação da segunda dose da AstraZeneca em gestantes. Já especialistas divergem se é recomendado ou não aplicar a segunda dose. Por isso, é importante esperar a orientação do ministério.

3) Existe vacina contra a covid-19 segura para grávidas?

De acordo com Lopes, entre os imunizantes contra a covid-19 em uso no Brasil, só existem, até o momento, dados sobre o uso da vacina da Pfizer em gestantes. As informações foram levantadas a partir da análise de gestantes americanas que tomaram a vacina, ou de forma inadvertida (sem saber que estavam grávidas) ou que engravidaram depois.

Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), explica que na grande maioria das vacinas, para qualquer doença, as gestantes não participam dos ensaios clínicos, mas quando começa a vacinação em massa, são observados os dados a partir das que acabam sendo vacinadas sem saber que estão grávidas.

A epidemiologista Ethel Maciel também destaca que a vacina da Pfizer é a única com estudos no grupo das grávidas, mas explica que a CoronaVac, apesar de não ter pesquisas em gestantes, usa uma tecnologia de vírus inativado, a mesma de outras vacinas para as quais existem pesquisas sobre uso nesse grupo, inclusive a da gripe, que “há muito tempo coloca as gestantes no grupo prioritário”.

4) Grávidas com comorbidades devem se vacinar?

Sim. O Ministério da Saúde recomendou que este grupo seja imunizado com doses das vacinas da Pfizer e da CoronaVac. Mas é preciso que um médico analise a relação de custo e benefício da vacinação. O especialista deverá dar um documento que comprove a indicação de vacinação, assim como é feito em casos de comorbidade grave. A prescrição deve ser assinada e carimbada.

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