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Mundo Grécia tem primeiro dia de feriado bancário em meio a crescente tensão com credores

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Gregos fizeram nos últimos dias longas filas diante dos caixas eletrônicos. (Foto: Thanassis Stavrakis/AP)

A decisão de Atenas de fechar a Bolsa e os bancos durante uma semana e de impor um controle de capitais provocou nesta segunda-feira (29) a queda dos mercados de todo o mundo, um dia antes de um possível default (suspensão de pagamentos) do país. Os gregos fizeram nos últimos dias longas filas diante dos caixas eletrônicos para retirar dinheiro.

O transporte público será gratuito em Atenas durante a semana para aliviar as dificuldades causadas pelo fechamento dos bancos e grande demanda de combustível, anunciou o ministro dos Transportes, Christos Spirtzis. Os habitantes e os turistas poderão usar ônibus e metrô gratuitamente na capital do país e em sua periferia assim que a decisão for publicada no Diário Oficial nesta terça-feira (30).

A iniciativa será mantida até a próxima terça-feira (07), dia em que, a princípio, os bancos devem reabrir suas portas. O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, anunciou no domingo a imposição de um controle de capitais e um feriado bancário temporário, ressaltando que a poupança, os salários e as aposentadorias dos cidadãos estão garantidos. As medidas foram decretadas após a reunião de um comitê encarregado de reagir à crise financeira, para salvar o sistema financeiro do país, que corre o risco de sofrer uma onda de saques diante da possibilidade de moratória.

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, declarou sentir-se “traído” pelo fracasso das negociações entre a Grécia e seus credores, e lamentou que os esforços de última hora não tenham sido levados em consideração. O governo grego não demorou a responder de forma enfática às declarações de Juncker, colocando em dúvida sua “sinceridade” em relação às difíceis negociações. “Um elemento essencial de boa-fé e credibilidade em uma negociação é a sinceridade”, indicou o porta-voz do Executivo, Gabriel Sakellaridis.

Calma

Tsipras pediu calma à população. “A recusa do Eurogrupo de prolongar o programa de assistência à Grécia além do dia 30 de junho levou o Banco Central Europeu a não aumentar a liquidez dos bancos gregos e obrigou o Banco da Grécia a ativar as medidas de fechamento temporário dos bancos e a limitar os saques bancários”, declarou.

Tsipras voltou a pedir à União Europeia e ao Banco Central Europeu uma extensão do programa de ajuda para o país, que foi rejeitada no sábado. O premiê grego também assinalou em seu discurso que os gregos “sobreviverão sem um programa [de resgate]”. “Vamos sobreviver e vamos escolher nosso futuro”, disse. “Nossa escolha é permanecer na zona do euro. Somos hóspedes na Europa. A Grécia está no coração da Europa”, declarou.

O Banco Central Europeu deu um alívio a Atenas ao anunciar a manutenção do nível de fornecimento de liquidez com caráter de urgência para os bancos gregos, mas informou que não elevará o limite estabelecido para o sistema de financiamento de emergência. Fora da Grécia, vários países, entre eles a Alemanha, recomendaram que seus cidadãos levem dinheiro em espécie se viajarem para a Grécia.

No referendo do próximo domingo (05), a população decidirá se o país aceita, ou não, a última oferta feita pelos credores. União Europeia, Banco Central Europeu e FMI (Fundo Monetário Internacional) exigem reformas econômicas na Grécia para dar ajuda financeira. O país depende desse dinheiro para pagar uma dívida com o FMI e evitar o calote que poderia tirá-lo da zona do euro. A dívida, porém, vence antes do referendo, nesta terça-feira.

A falta de pagamento expõe o país a uma série de sanções que podem incluir até sua expulsão da zona do euro. A primeira será automática: se o FMI não receber a transferência do banco nacional grego, o país será imediatamente declarado em moratória. Consequentemente, a Grécia não receberá mais ajuda da entidade.

tags: economia

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