Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 28 de outubro de 2018
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.
Na Democracia, o voto é apenas o começo. Depois, torna-se necessário cobrar. Não há mais necessidade de escrever uma carta, envelopar, colar o selo e ir à agência postal mais próxima. Hoje, basta enviar mensagens pelo telefone celular. Os endereços de todos os detentores de mandatos estão acessíveis na Internet. A grande maioria dos gabinetes tem funcionários que acompanham e-mails e whatsApp. A cobrança costuma chegar ao destinatário que aprendeu: se desprezar, haverá algum ajuste de contas na eleição seguinte.
Os que se achavam espertos e eternos em cargos eletivos perceberam a mudança provocada por sucessivas decepções.
Diagnóstico exato
Leitores comentam a semelhança na forma e no conteúdo de propagandas de candidatos aos governos em vários Estados. O jornalista e professor Gaudêncio Torquato matou a charada: “Os programas eleitorais são adquiridos nas gôndolas do marketing clonado”.
É fatal
Os institutos vão errar de novo hoje e alguns continuarão gastando, inutilmente, as letrinhas dos teclados para justificar e interpretar o que mistura incompetência e má-fé.
Velho cachimbo da paz
Qualquer que seja o resultado de hoje, PMDB e PSDB farão parte do mesmo bloco na Assembleia Legislativa para apoiar o governo. As desavenças da campanha serão esquecidas até o começo de janeiro.
Dois dirigentes de cada partido cumprirão a tarefa da aproximação. O argumento está escolhido: a crise é tão grande que não admite divisões.
Estão varridos
Os magistrados deixaram de conciliar a lei com a tolerância e a boca de urna deixou de existir. Representou um aprimoramento da cultura política, eliminando a tentativa de violar a decisão do eleitor.
Sem desistir
A cada eleição ressurge a expectativa de que se reduzirá o descompasso entre o que a população quer e os que os políticos estão dispostos a fazer.
Leva o troco
Quando a temporada do roqueiro e extremista Roger Waters no Brasil foi planejada, há um ano e meio, poucos perceberam a coincidência com as eleições. Veio para provocar, mas está sendo provocado.
Teclando números
Em mais de 500 mil urnas eletrônicas, que muitos imaginam ser a tenda dos milagres, será decidido o futuro de 14 Estados e do País.
Mais um recurso
Eleitores contam com o Código do Consumidor, que proíbe a propaganda enganosa ou abusiva. Impõe ao autor o ônus da prova da veracidade e da correção das informações, prevendo sanções nas áreas civil e penal.
Vem de longe
Dependendo do resultado de hoje, mais presos por corrupção vão optar pela delação premiada, instituída no século 19 pelo jurista alemão Rudolf Von Ihering. Em 1853, ele escreveu: “Um dia, os juristas vão se ocupar do direito premial. E farão isso quando, pressionados pelas necessidades práticas, conseguirem introduzir a matéria premial dentro do direito, isto é, fora da mera faculdade e do arbítrio. Delimitando-o com regras precisas, nem tanto no interesse do aspirante ao prêmio, mas, sobretudo, no interesse superior da coletividade.”
Posto na prática
Os norte-americanos foram dos primeiros a admitir o direito premial para desmantelar o Cartel de Medellín. Os segredos do mega-traficante Pablo Escobar acabaram revelados, quando seus sócios foram extraditados da Colômbia para os Estados Unidos. Hoje, os delatores têm seus bens preservados.
Coincidência
Entre os seis números da mega sena, sorteados ontem à noite, apareceram o 13 e o 17.
Não faltam seguidores
Do ex-presidente Jânio Quadros: “Promessa de campanha dura, no máximo, 60 dias após a posse.”
Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
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