Quarta-feira, 07 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 26 de outubro de 2018
O comando da campanha de Fernando Haddad entrou com nova representação contra o adversário, Jair Bolsonaro, após o capitão reformado voltar a afirmar nas redes sociais que o petista é o idealizador do “kit-gay”.
Na representação, Haddad pede a retirada do material do ar e a punição de seus autores.
Haddad também respondeu à postagem de Bolsonaro nas redes sociais, perguntando se o adversário continuará mentindo em uma afronta ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
“Vai continuar espalhando notícias falsas e afrontando o TSE, deputado? Segue demonstrando desprezo pelas instituições e pela sabedoria do povo brasileiro”, tuitou o candidato.
“kit-gay”
O ministro do TSE Carlos Horbach determinou recentemente a suspensão de links de sites e redes sociais com a expressão “kit-gay” usados pela campanha de Jair Bolsonaro (PSL) para atacar o candidato do PT, Fernando Haddad.
A representação tinha como alvos o presidenciável do PSL e seus filhos Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), eleito senador, e Carlos Bolsonaro (PSL), vereador no Rio. Eles reproduziram conteúdo em vídeo que afirmava que o livro Aparelho Sexual e Cia. tinha sido distribuído em escolas públicas pelo Ministério da Educação quando Haddad era o ministro da pasta.
“Nesse quadro, entendem comprovada a difusão de fato sabidamente inverídico, pelo candidato representado e por seus apoiadores, em diversas postagens efetuadas em redes sociais, requerendo liminarmente a remoção de conteúdo. Assim, a difusão da informação equivocada de que o livro em questão teria sido distribuído pelo MEC… gera desinformação no período eleitoral, com prejuízo ao debate político”, concluiu o ministro do TSE.
O vídeo teve o alcance de cerca de 500 mil visualizações. Em 28 de agosto, Bolsonaro apresentou o livro durante uma entrevista ao Jornal Nacional. Na ocasião ele afirmou que o material foi distribuído para crianças pelo MEC (Ministério da Educação) na gestão de Haddad.
O ministro do TSE destacou que o projeto “Escola sem Homofobia” não chegou a ser executado pelo Ministério da Educação e que, portanto, “não ensejou, de fato, a distribuição do material didático a ele relacionado”.
“Assim, a difusão da informação equivocada de que o livro em questão teria sido distribuído pelo MEC (…) gera desinformação no período eleitoral, com prejuízo ao debate político, o que recomenda a remoção dos conteúdos com tal teor”, assinalou Horbach.