Quarta-feira, 30 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 25 de janeiro de 2024
Corte deve definir nesta sexta-feira as primeiras decisões sobre o caso de genocídio
Foto: ReproduçãoO Hamas disse nesta quinta-feira (25) que vai acatar eventual decisão do Tribunal Internacional de Justiça determinando um cessar-fogo na Faixa de Gaza, desde que Israel tenha uma posição recíproca.
Osama Hamdan, autoridade sênior do Hamas, disse em entrevista coletiva em Beirute que o grupo palestino irá libertar todos os reféns israelenses em Gaza caso Israel liberte todos os prisioneiros palestinos.
Papel
A publicação, pelo Hamas, de um documento meticuloso em que justifica seus ataques sangrentos de 7 de outubro em Israel demonstra que o grupo islamista palestino quer se posicionar como um ator político quando chegar o pós-guerra, afirmam funcionários e especialistas.
Após a publicação de “Nossa narrativa… Operação Dilúvio de Al Aqsa”, em um inglês perfeito, e mais tarde em francês e árabe, um alto funcionário do Hamas explicou que o grupo, ao qual Israel jurou “aniquilar”, quer dar sua versão dos fatos.
Hasem Naim, diretor de relações internacionais do Hamas, argumentou que a atuação do grupo no nível da direção nacional e sua “resistência ao projeto sionista (…) o qualifica para exercer a liderança do povo palestino”.
No entanto, “não exige (…) a exclusividade da liderança do povo palestino”, disse Naim, ex-ministro da Saúde de Gaza. “O Hamas pede a reestruturação da entidade palestina e a reforma da OLP (Organização para a Libertação da Palestina) para que represente todos”, declarou.
“Nenhum partido que quiser alcançar uma solução para este conflito pode ignorar o Hamas”, enfatizou. O grupo islamista obteve uma vitória esmagadora nas últimas eleições parlamentares palestinas de 2006, mas nunca fez parte da OLP, que continua sendo associada ao movimento rival Fatah, do presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas.
O documento de 16 páginas tenta refutar, em uma linguagem frequentemente jurídica, o que qualifica de “acusações e alegações fabricadas por Israel”, mas também admite que “talvez tenha havido falhas”.