Quarta-feira, 15 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 12 de novembro de 2015
Consultado sobre a possibilidade de ocupar o Ministério da Fazenda, o ex-presidente do BC (Banco Central) Henrique Meirelles exigiu uma espécie de “porteira fechada” para aceitar a missão. A condição apresentada por ele para assumir o posto, de acordo com relatos, é a de ter carta branca para mudar até mesmo o comando do Ministério do Planejamento e do Banco Central, além de autonomia para mexer na Caixa Econômica Federal e no Banco do Brasil.
A sondagem informal a Meirelles foi feita pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, em público, nega a iniciativa. Lula desembarcou na quarta-feira, em Brasília, para mais uma rodada de conversas políticas. O ex-presidente do BC desmentiu qualquer convite “concreto” para a Fazenda. Duas pessoas que conversaram com ele, porém, confirmaram que Meirelles avalia como essencial ter liberdade para fazer mudanças na equipe econômica.
Irritada com o que chama de “boataria”, a presidenta Dilma Rousseff ainda resiste em trocar Joaquim Levy por Meirelles. O máximo que ela admite é o “ajuste do ajuste”, ou seja, um “respiro” na dureza da política econômica, para injetar mais crédito na praça. Dilma não gosta de Meirelles, com quem teve duros embates quando era chefe da Casa Civil, no governo Lula. Diante de tanto bombardeio, porém, a dúvida no mercado financeiro é por quanto tempo Levy vai aguentar. “Mas a solução para a economia do País é Meirelles?”, ironizou o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE). (AE)