Sábado, 14 de dezembro de 2024
Por Redação O Sul | 18 de maio de 2024
O retorno do atendimento Hospital Mãe de Deus a pacientes está previsto para a primeira semana de junho, de acordo com projeções da direção da instituição. Os danos causados pela inundação do Guaíba estão sendo avaliados, com estimativas apontando prejuízos de pelo menos R$ 30 milhões.
A enchente começou a afetar o centro de saúde a partir do dia 3, resultando no bloqueio dos acessos pela água e na transferência de 278 pacientes para outros hospitais. O subsolo, que é acessado pela Rua José de Alencar, no bairro Menino Deus, foi a área mais atingida.
João Baptista, diretor-executivo corporativo da Associação Educadora São Carlos (AESC), mantenedora da instituição, explica que estão em andamento os trabalhos de sucção da água, remoção da lama e posterior hidrojateamento para limpar toda a área afetada, seguindo protocolos de limpeza e desinfecção estabelecidos pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
O subsolo abrigava estruturas cruciais para os serviços, como pronto-atendimento em traumatologia, ambulatório de curativos, laboratório e espaços para alimentação e farmácia. Equipamentos como raio-X, macas e mesas cirúrgicas ficaram submersos, e a infraestrutura elétrica e sistemas de bombeamento de água foram danificados.
A instituição espera investir na recuperação da infraestrutura após avaliação por equipes especializadas. Com uma capacidade de atendimento de 1,5 mil pacientes por dia e comportando cerca de 300 pacientes, o hospital planeja retomar suas operações gradualmente ao longo do próximo mês.
A paralisação do Hospital Mãe de Deus impacta negativamente os serviços de saúde da cidade, sobrecarregando outros hospitais. Além disso, a instituição é um importante gerador de recursos para a AESC, que também administra dois outros hospitais que atendem pelo SUS.
Enquanto isso, o atendimento emergencial traumatológico está sendo redirecionado para a Unidade Carlos Gomes, que opera em horário estendido, e pacientes oncológicos estão sendo atendidos em outras unidades da rede.
O bairro Menino Deus, onde fica o Mãe de Deus, foi muito afetado pela cheia do Guaíba. Em alguns dias, a circulação pela região ocorria somenta através de barcos. Os moradores também tiveram que sair de suas casas.