Por Redação O Sul | 3 de outubro de 2018
Realizar exames de tomografia em crianças é um dos principais desafios dos hospitais, pois é preciso manter o corpo estático por alguns minutos. O Hospital Moinhos de Vento adquiriu, em setembro, uma tecnologia inovadora que vai solucionar este problema e trazer mais agilidade a este procedimento. O tomógrafo dupla fonte 256 detectores é o primeiro a chegar no Sul, garantindo precisão e resultado em menos de um segundo.
Theo Fagundes, de apenas 10 meses, foi a primeira criança a utilizar o novo tomógrafo, pois há 30 dias ele foi diagnosticado com um tumor no fígado. Dentre os diversos exames a serem realizados, a tomografia é o que mais exigiria a paciência dos médicos, caso o exame fosse realizado em uma das máquinas da geração anterior. De acordo com o chefe do serviço de pediatria do Hospital Moinhos de Vento, João Krauser, um dos maiores benefícios trazidos pela tecnologia é isenção da anestesia. Isso porque, de acordo com a mãe do Téo, Patricia da Veiga, de Rio Grande, o bebê possui enorme resistência ao uso de sedativos, e uma ressonância que antes poderia durar minutos, é concluída em um segundo.
(Foto: Leonardo Lenskij)
A tecnologia favorece qualquer tipo de paciente, conforme o chefe do serviço de radiologia do Hospital Moinhos de Vento, Felipe Wagner, pois diminui em grandes porcentagens a emissão de radiação. “Mesmo que as máquinas exponham a pequenos níveis, ainda sim se torna prejudicial ao paciente”, explica Wagner, que acrescenta que segurança e velocidade são atributos fundamentais quando se trata de saúde.
A novidade ainda permite a realização de novas técnicas de imagem. Aplicações dessa tecnologia estão se tornando mais comuns na prática clínica com vantagens em relação à tomografia computadorizada (TC) convencional. Entre as quais, a caracterização de cálculo renal, detecção de edema da medula óssea, detecção de gota nas articulações e mapas de perfusão dos pulmões, crânio e órgãos abdominais.
O superintendente executivo do Hospital, Mohamed Parrini, destaca que este foi um dos maiores investimentos tecnológicos feitos pela instituição. “Dispor desse equipamento aqui impedirá que as pessoas precisem viajar até outros estados para ter acesso aos exames com maior tranquilidade”, afirma Parrini. O aparelho utiliza a tecnologia Dual Source CT (DSCT) – dois sistemas trabalhando em conjunto –, possibilitando a velocidade na captura de imagens. Foram investidos 6 milhões de reais na compra do tomógrafo e mais 1 milhão de reais para as instalações. (Marysol Cooper / O Sul)
