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Economia Hotéis veem retomada e ampliam redes no País

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Mais de 93% dos estabelecimentos esperam receber hóspedes que visitarão a Expointer. (Foto: Reprodução)

Com o turismo ganhando força no Brasil depois de ter sido paralisado pela pandemia, o setor hoteleiro começou a sentir uma recuperação firme, segundo executivos de grandes redes no país. O sinal tem motivado investimentos na ampliação do número de hotéis, atualização de projeções e até a busca por novas oportunidades de negócio, como a sondagem da Hilton pelo segmento de resorts.

Dados do Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB) apontaram que em abril o setor registrou uma taxa de ocupação 2,9% maior do que em igual período de 2019, quando a covid não era um problema. A diária média saltou 12,4%, para R$ 270,95. Já a receita de hospedagem por quarto disponível (RevPar) subiu 15,6%. Os números foram fornecidos por 503 hotéis de redes associadas, responsáveis por 78.662 unidades habitacionais e mostram um momento positivo para o segmento.

A Atlantica, segunda maior operadora do país, fechou o primeiro trimestre com uma receita de R$ 316 milhões, alta de 110% na comparação com 2021 e 24% melhor do que o registrado em igual período de 2019.

Eduardo Giestas, presidente do grupo, explicou que 19 pontos percentuais desse salto vieram diante da maior oferta de quartos. O grupo concluiu em janeiro a incorporação de 24 hotéis da oitava maior rede do setor, a Transamérica, negócio anunciado no fim do ano passado. Há ainda outros três hotéis da rede em desenvolvimento. A Atlantica espera fechar o ano com 185 hotéis, contra 161 em 2021.

O restante do crescimento, disse, veio favorecido pelo salto na receita de hospedagem por quarto disponível. O bom momento levou o grupo a elevar em 14% a previsão de receita para este ano, que deve superar R$ 1,5 bilhão. O valor representa uma alta de 80% ao registrado no ano passado e de 29% ante 2019.

Giestas destacou que para além do portfólio maior, a empresa espera um salto de 13% na média das diárias para o ano contra 2019. Os números, entretanto, mostram um cenário ainda desafiador quando considerado o crescimento real (descontada a inflação). “A diária média neste ano (na casa de R$ 270 no fechamento) ainda vai ficar entre 5% e 10% abaixo do que a diária corrigida de 2019”, afirmou. “Isso dá para a gente uma expectativa de que tem espaço para aumento de RevPar via melhoria contínua de ADR (taxa média diária)”, disse.

O maior desafio do setor tem sido a demanda corporativa. Grandes centros como São Paulo ainda operam bastante aquém do pré-pandemia. Há uma retomada em andamento com a volta de grandes eventos empresariais. No lado de entretenimento em capitais, a retomada de shows e grandes festivais, por exemplo, tem trazido um importante suporte. Dados da FOHB mostram que o mercado de São Paulo ainda estava com o RevPar cerca de 6,6% inferior ao pré-pandemia em abril.

O cenário de recuperação também tem sido visto pela rede americana Wyndham. “Janeiro e fevereiro foram melhores do que 2019 no mercado de lazer”, disse Maria Carolina Pinheiro, vice-presidente de desenvolvimento de negócios para a América Latina da empresa. Em 2021, a ocupação dos hotéis da rede no Brasil foi de 42,56%, contra 33,31% em 2020.

A Wyndham tem hoje no país 36 hotéis e 7.120 quartos. A meta do grupo é atingir um volume de 50 novos contratos assinados para a rede na América Latina neste ano, sobretudo no Brasil, que deve abraçar cerca de 15 novos contratos – no ano passado, 11 contratos foram assinados por aqui.

Pinheiro explicou que no Brasil há um forte potencial para conversões de hotéis independentes em empreendimentos vinculados a grandes redes. “Existe uma tendência mundial de os hotéis passarem para a rede, mas na América Latina a maioria ainda é independente”, disse. A crise, entretanto, acelerou o processo de conversão. “Hoje quando olhamos contratos assinados, 70% são de marcas independentes”, disse.

No grupo Hilton a perspectiva também tem se mostrado favorável, depois dos fortes impactos da pandemia, disse Leonardo Lido, diretor de desenvolvimento da Hilton no Brasil. Atualmente, a empresa tem 13 hotéis em funcionamento no país.

“Na América Latina devemos abrir 20 hotéis em 2022. No Brasil, são 10 projetos no pipeline”, disse, destacando que a perspectiva é abrir entre dois e quatro empreendimentos neste ano, além das duas inaugurações já feitas. O grupo está trazendo duas marcas novas para o país, a Motto by Hilton e Tru by Hilton.

Já a francesa Accor, maior rede de hotéis do mercado brasileiro, já destacou, no fim de fevereiro, a meta de inaugurar 17 hotéis, contra 15 no ano passado. O Brasil tem um peso importante para os negócios na região e abriga cerca de 80% dos 410 hotéis da Accor na América do Sul. As informações são do jornal Valor Econômico.

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