Sexta-feira, 29 de março de 2024
Por Redação O Sul | 27 de janeiro de 2017
A Interpol (polícia internacional) está procurando o empresário Eike Batista. E não só nos Estados Unidos, pra onde ele embarcou na última terça-feira (24), mostrou reportagem do Jornal Nacional, da TV Globo. O telejornal também exibiu nesta sexta-feira (27) imagens exclusivas do embarque do empresário.
O vídeo mostra Eike de calça jeans e paletó preto chegando para embarcar no aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão). A câmera de segurança registrou a entrada dele no setor de embarque.
Eike Batista pegou o voo numero 974 da companhia American Airlines com destino a Nova York. O horário de partida era 11h30min.
Três dias depois de sair de sua casa para embarcar para os Estados Unidos, Eike passou a ser alvo de buscas no exterior. Agora, em vários países, a polícia tenta encontrar e prender o empresário. Ele tem cidadania alemã. A polícia investiga também se o empresário já deixou os Estados Unidos. A Alemanha não tem acordo de extradição com o Brasil.
O advogado de Eike esteve nesta sexta-feira (27) no MPF (Ministério Público Federal). Ele contou que foi negociar as condições para o cliente se entregar. O MPF, por sua vez, negou que esteja negociando condições para Eike se entregar. Um representante do empresário também esteve na Superintendência da Polícia Federal e disse que foi pedir um “voto de confiança”.
“Há, naturalmente uma preocupação dele ir pra outro país, notadamente a Alemanha, na qual ele tem a cidadania, por isso que medidas tão sendo adotadas no sentido de procurá-lo. E, uma fez encontrado, capturá-lo pra seu retorno ao Brasil”, diz Tássio Muzzi, delegado da Polícia Federal.
Nesta quinta (26), quando os policiais federais chegaram à mansão do empresário para cumprir o mandado de prisão preventiva, foram recebidos por funcionários. Fontes da operação Eficiência disseram que o filho mais velho dele , Thor Batista, estava em casa.
O dinheiro foi depositado para o ex-governador numa conta no Uruguai. Os investigadores afirmam que o pagamento foi pela boa vontade de Cabral com os negócios de Eike, mas ainda não sabem, ao certo, que vantagens o empresário recebeu em troca dos milhões.
Francisco de Assis Neto, o Kiko, apontado pela Polícia Federal como um dos operadores financeiros do esquema, continua foragido e também está na lista de procurados da Interpol. O advogado disse que ele está com a mulher e os filhos nos Estados Unidos, fazendo cursos e que Francisco está tentando antecipar a volta ao Brasil pra se apresentar às autoridades.