Segunda-feira, 22 de dezembro de 2025
Por Redação O Sul | 25 de abril de 2016
Os votos de aliados a favor da abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff na Câmara dos Deputados fizeram o PT rever sua política de alianças nos Estados, com impacto nas eleições municipais deste ano.
Em Estados governados pelo PT, como Piauí e Minas Gerais, as alianças com partidos que apoiaram o impeachment passaram a ser contestadas. No Piauí, a aliança entre PT e PP foi colocada em xeque após a deputada Iracema Portela (PP), mulher do senador Ciro Nogueira (PP), presidente nacional do Partido Progressista, votar pelo impeachment.
Em Minas Gerais, o voto dos cinco deputados do PMDB pelo impeachment gerou desconforto na base do governador Fernando Pimentel (PT). Petistas já pregam publicamente a saída do PMDB da gestão. Em nota, a corrente Articulação de Esquerda defendeu a “saída imediata dos golpistas que estão no governo Pimentel”.
Em Alagoas, o voto pró-impeachment de deputados ligados ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), sacramenta o distanciamento com o PT. Este ano, os dois deverão ter candidatos próprios em Maceió. O mesmo pode acontecer no Estado de Sergipe. Os votos favoráveis de deputados do PMDB e PSB ao afastamento de Dilma podem implodir uma aliança que já durava seis anos.
Em São Paulo, o voto majoritário do PR contra Dilma pode afastar o partido da chapa de reeleição do prefeito Fernando Haddad (PT). Os primeiros movimentos de rompimento aconteceram no Rio de Janeiro e no Rio Grande do Norte. Mas a redefinição das alianças pode atingir outros Estados. (Folhapress)