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Brasil O Brasil deverá ter 600 mil novos casos de câncer por ano em 2018 e 2019

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O ministro da Saúde, Ricardo Barros. (Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil)

O Brasil deve registrar cerca de 600 mil novos casos de câncer por ano em 2018 e 2019, divulgou nesta sexta (2) o Inca (Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva) na Estimativa 2018 de Incidência de Câncer no Brasil. O câncer de pele não melanoma é o mais frequente no País, e a segunda posição é ocupada pelo câncer de próstata, para homens, e de mama, para mulheres.

Considerado menos letal, o câncer de pele não melanoma deve ter cerca de 165 mil novos casos diagnosticados por ano. Se esses casos não forem levados em consideração, as mulheres brasileiras terão como tipos de câncer mais incidentes o de mama (59 mil casos), de intestino (com quase 19 mil) e o de colo de útero (16 mil).

Entre os homens, a próstata é a parte do corpo que deve ser mais acometida pela doença, com 68 mil casos, seguida pelo pulmão, com 18 mil, e o intestino, com 17 mil.

O perfil da incidência de câncer no Brasil varia de acordo com a região, se assemelhando mais a países desenvolvidos nas Regiões Sul e Sudeste, com mais tumores de intestino e menor incidência de câncer de colo de útero em mulheres e estômago em homens.

Nas regiões Nordeste e Norte, o câncer de estômago tem uma incidência maior entre homens, e o câncer de colo de útero ainda está mais presente entre as mulheres. Esses dois tipos de câncer são mais associados a infecções, possuem maior potencial de prevenção e têm maior incidência em países menos desenvolvidos.

Os homens devem apresentar mais casos de câncer que as mulheres em 2018, com cerca de 300 mil casos, enquanto elas devem ter 282 mil novos casos.

Ao apresentar os dados, o Inca exibiu vídeos de pessoas que se curaram de câncer e reforçou a campanha contra a estigmatização da doença, que tem como slogan “o câncer não pode acabar com a vontade de viver”.

O instituto reforçou também a necessidade de combater a desinformação sobre a doença, promovendo um debate sobre fake news, saúde e câncer. A diretora-geral do Inca, Ana Cristina Pinho Mendes destacou que as notícias falsas podem afastar as pessoas do tratamento correto e gerar frustrações.

“A proliferação de mensagens falsas e incompletas leva muitos a seguir conselhos que na maioria das vezes são desprovidos de qualquer embasamento científico”, disse a diretora ao destacar que um terço dos casos de câncer podem ser evitados, por serem associados a fatores como o tabagismo, a inatividade física, a obesidade e infecções como o HPV.

Tratamento

O Ministério da Saúde anunciou nesta sexta (2) que vai redistribuir os 140 aceleradores lineares pertencentes ao Plano de Expansão da Radioterapia no intuito de ampliar o acesso ao tratamento do câncer no País. Segundo o ministro da Saúde, Ricardo Barros, a medida vai garantir a cobertura, via SUS (Sistema Único de Saúde), de 100% do público-alvo até o final de 2019.

“Estamos atendendo 74% das pessoas dentro do prazo da lei [60 dias após o diagnóstico de câncer] e só poderemos atender a todos com a implantação desses equipamentos. Com a quimioterapia, nós temos mais facilidade de estruturar, mas a radioterapia depende de construção, instalação. São equipamentos que nós precisamos cuidar pra que a radiação deles não vaze e afete as pessoas”, explicou.

O governo anunciou ainda a inclusão de 36 hospitais ao plano. Para garantir a medida, o ministério vai destinar um total de R$ 163,7 milhões em recursos para a ampliação e a construção do serviço em 14 estados e no Distrito Federal, que apresentam um deficit assistencial.

De acordo com a pasta, a inclusão de novas unidades só foi possível após a revisão do plano e a consequente exclusão de instituições com inviabilidade técnica que não atendiam aos critérios ou que pediram para sair do projeto. A portaria foi publicada em setembro do ano passado.

Do total de novos hospitais habilitados, 16 vão receber o acelerador linear e a casamata concluída (espaço destinado para a instalação do equipamento). As demais unidades vão receber apenas o acelerador, uma vez que já têm o local específico para instalação.

A previsão do ministério é que, até o final de 2018, outros equipamentos de radioterapia sejam entregues, totalizando os 140 anunciados pela pasta. Segundo o governo, cerca de R$ 500 milhões foram investidos para a aquisição de 100 aceleradores lineares, além da realização de projetos e obras. Os outros 40 aceleradores serão adquiridos com recursos de convênios.

“Esses 140 novos equipamentos, somados aos que já temos, são suficientes para dar cobertura a todos os brasileiros que dependem exclusivamente do SUS. Ao final de 2019, nós teremos um parque instalado de radioterapia capaz de atender a todos e, daí para frente, é utilizar novas tecnologias, upgrades tecnológicos nesses equipamentos para que eles possam fazer o tratamento em menos número de sessões”, concluiu o ministro.

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https://www.osul.com.br/inca-brasil-deve-ter-600-mil-novos-casos-de-cancer-por-ano-em-2018-e-2019/ O Brasil deverá ter 600 mil novos casos de câncer por ano em 2018 e 2019 2018-02-02
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