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Rio Grande do Sul Incertezas sobre pandemia e nova estiagem desafiam recuperação da economia gaúcha

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Boletim de Conjuntura do DEE analisa situação internacional, nacional e regional e aponta perspectivas

Foto: Marcello Casal Jr./Abr
Segmento mais importante da economia nacional está 4,6% acima do nível pré-pandemia, mas segue 7% abaixo do recorde histórico. (Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Os números do PIB (Produto Interno Bruto) do terceiro trimestre de 2020 apontaram a retomada do crescimento da economia gaúcha após o período de maior restrição gerada pela pandemia do coronavírus, no entanto, a continuidade deste avanço encontra um quadro de indefinição por conta do fim do auxílio emergencial, pela possibilidade de uma nova estiagem e também pelas incertezas sobre a própria pandemia.

As perspectivas apontadas no Boletim de Conjuntura, divulgado nesta quarta-feira (13) pelo DEE (Departamento de Economia e Estatística) da SPGG (Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão), levam em conta indicativos globais e os dados mais recentes sobre o desempenho da indústria, das vendas no comércio e também a evolução da arrecadação de ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços), principal fonte de receita do governo estadual e indicativo da movimentação da economia.

O documento de análise conjuntural foi produzido pelos pesquisadores Martinho Lazzari, Tomás Torezani e Fernando Cruz e aponta uma expectativa de avanço na atividade econômica, mas em ritmo menos acelerado do que o registrado no terceiro trimestre.

Cenário externo

O novo agravamento da pandemia em países da Europa e nos Estados Unidos já afeta os indicadores econômicos globais e desperta interesse sobre novas ações de apoio adotadas por governos nacionais. Ainda que campanhas de vacinação tenham iniciado em diversos locais, a segunda onda de contaminações pelo coronavírus incitou a continuidade ou a criação de pacotes destinados a sustentar a atividade econômica e a renda de famílias e empresas por mais um período.

Com uma estimativa de queda de 4,4% para a economia mundial em 2020, feita pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), o tombo maior deve ocorrer nos ditos países emergentes. Com exceção da China, que apresentará crescimento nos números finais do ano passado, o grupo de países em que o Brasil está incluído deverá registrar queda de 5,7%, de acordo com o Boletim.

A redução da atividade econômica global impactou diretamente as exportações brasileiras e gaúchas, que caíram 7,5% e 25,3% entre janeiro e novembro, respectivamente. No caso gaúcho, as maiores quedas foram nas vendas para destinos da União Europeia e da América do Sul.

Brasil e Rio Grande do Sul

O crescimento do PIB brasileiro no terceiro trimestre de 2020, de 7,7%, recuperou perdas acumuladas no período de maior restrição em virtude da pandemia, mas ainda não foi suficiente para retornar ao patamar anterior ao início da crise.

O nível de produção, por exemplo, ainda se encontra 4,1% abaixo do observado no último trimestre de 2019. Entre os três segmentos mais importantes da economia, os dados trimestrais apontam que a Indústria apresentou o crescimento mais expressivo no país, seguido dos Serviços. A agropecuária apresentou leve recuo de 0,5%.

No Rio Grande do Sul, o movimento foi semelhante ao nacional, com destaque para o maior peso da Agropecuária nos resultados. Ao final do terceiro trimestre, quando foram superados os principais efeitos da estiagem, o segmento apresentou o maior crescimento (39,8%), ainda que o período não seja o de maior impacto nos números.

No entanto, os dados sobre a intenção de consumo das famílias gaúchas, que apontaram em novembro um recuo de 38,7% sobre os indicadores de fevereiro, sinalizam cautela e pessimismo, o que tem consequência direta na atividade econômica.

Outra sinalização de cautela vem da previsão climática, que aponta risco de nova estiagem e “potencial impacto no desenvolvimento e no rendimento físico das principais culturas agrícolas de verão”.

“Especialmente para a soja, que tem em janeiro e fevereiro as fases de enchimento e maturação dos grãos, o nível de chuva neste período será decisivo para a determinação dos níveis de produtividade. Será um elemento definidor do grau de recuperação da economia gaúcha”, ressalta o pesquisador Martinho Lazzari.

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https://www.osul.com.br/incertezas-sobre-pandemia-e-nova-estiagem-desafiam-recuperacao-da-economia-gaucha/ Incertezas sobre pandemia e nova estiagem desafiam recuperação da economia gaúcha 2021-01-13
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