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Por Redação O Sul | 6 de agosto de 2019
A indicação do procurador Ailton Benedito para compor a Comissão Sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, foi rejeitada pelo Conselho Superior do Ministério Público Federal, nesta terça-feira (6). Ailton tinha sido indicado pelo governo do presidente Jair Bolsonaro, entretanto os conselheiros argumentaram que não cabe ao Executivo escolher o membro que integrará a Comissão. Até mesmo a Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, que havia votado a favor, recuou e mudou o seu voto.
O procurador Ailton Benedito tem perfil conservador, e se mostra entusiasta do regime militar. Em sua conta oficial do Twitter, Ailton Benedito chegou a comemorar a data do início da ditadura, em 1964.
Sobre a comissão
A Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos foi instituída em 1995, como uma das primeiras e principais conquistas dos familiares de mortos e desaparecidos políticos no Brasil em sua luta por medidas de justiça de transição. A comissão é um órgão do Estado que funciona junto à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. Sua finalidade é proceder ao reconhecimento de pessoas mortas ou desaparecidas em razão de graves violações aos direitos humanos ocorridas no período de ditadura militar (1964-1985), além de enviar esforços para a localização dos corpos de mortos e desaparecidos no mesmo período.