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Brasil Projeto do governo prevê veto de índios a garimpos, mas não a hidrelétricas

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Proposta para exploração de terras indígenas chegou ao Congresso nesta quinta-feira

Foto: Acervo/Funai
(Foto: Acervo/Funai)

O projeto do governo que regulamenta a exploração de terras indígenas prevê que os índios poderão vetar a mineração nessas áreas, mas não terão poder para impedir a instalação de projetos de produção de óleo e gás e construção de hidrelétricas.

O presidente Jair Bolsonaro assinou o projeto de lei em uma cerimônia na quarta-feira (05), no Palácio do Planalto. Entretanto, só nesta quinta-feira (6) foi possível conhecer o texto na íntegra, depois de encaminhado ao Congresso, onde será analisado.

Bolsonaro é defensor da exploração mineral e hídrica em terras indígenas e, na quarta-feira, chegou a se referir ao projeto como a realização de um “sonho”. O governo argumenta que já há garimpos nessas terras, atuando de maneira ilegal, e que os indígenas e o país devem usufruir das riquezas dessas áreas.

Entidades de defesa do meio ambiente, porém, criticam a medida e afirmam que pode provocar um aumento da degradação de florestas. A Constituição já permite a exploração de terras indígenas, mas falta a aprovação de lei regulamentando as atividades.

O projeto apresentado pelo governo regulamenta a pesquisa e a lavra de recursos minerais e hidrocarbonetos (óleo e gás natural) e o aproveitamento de recursos hídricos nas terras indígenas para a produção de energia elétrica.

A “oitiva das comunidades indígenas afetadas” pelos projetos será obrigatória, segundo prevê o projeto, e deverá ser feita antes de o governo pedir autorização ao Congresso para a exploração de uma terra indígena.

Entretanto, de acordo com o texto, o presidente da República poderá encaminhar um pedido ao Congresso mesmo “com manifestação contrária das comunidades indígenas afetadas, desde que motivado”.

Outro ponto do projeto estabelece que a “outorga de permissão de lavra garimpeira em terras indígenas”, ou seja, a liberação de garimpo, é admitida, mas “desde que haja consentimento das comunidades indígenas afetadas”.

Para o caso de exploração de óleo e gás e de geração hidrelétrica, o texto não traz esse mesmo dispositivo. O projeto também libera o “exercício de atividades econômicas pelos índios em suas terras, tais como agricultura, pecuária, extrativismo e turismo.”

O governo também fixa no projeto os critérios para remunerar as comunidades indígenas afetadas por um projeto. O texto estabelece que elas terão direito a uma participação financeira, nos resultados que a empresa vier a apresentar, que dependerá da atividade exercida.

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https://www.osul.com.br/indios-podem-vetar-mineracao-em-suas-terras-mas-nao-hidreletricas-diz-projeto-do-governo/ Projeto do governo prevê veto de índios a garimpos, mas não a hidrelétricas 2020-02-06
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