Domingo, 28 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 20 de fevereiro de 2016
Atores e atrizes da indústria pornográfica suplicaram às autoridades da OSHA (Divisão de Saúde e Segurança no Trabalho, na sigla em inglês), nos Estados Unidos, que não obrigue o uso da camisinha e outras medidas de segurança durante as gravações.
Nada de preferência pessoal: eles argumentaram que essas exigências levariam as pessoas a pararem de assistir aos filmes, deixando-os desempregados. “Todos nós estamos aqui pelo mesmo motivo: queremos manter os trabalhadores da Califórnia seguros”, disse a atriz SiouxsieQ em audiência pública na quinta-feira, antes de pedir que não destruíssem a indústria.
Foram ouvidos pedidos semelhantes de outros atores, roteiristas e diretores. Segundo eles, a exigência forçaria a marginalização de parte das produções como forma de burlá-la, o que eliminaria as poucas medidas já adotadas, como o teste obrigatório para doenças sexualmente transmissíveis a cada duas semanas.
Em 2012, o condado de Los Angeles aprovou uma medida que obrigava o uso da camisinha nas gravações. Resultado: a produção caiu 90% no ano seguinte, e 50% em 2014, segundo o jornal Los Angeles Times.
O lobby funcionou. Conseguindo três de quatro votos necessários para instituí-la, a lei não foi aprovada. No conselho de sete votantes, dois foram contra, um esteve ausente e a última vaga não foi preenchida. (Folhapress)