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Economia A inflação oficial no Brasil fica em 0,93% em março, a maior alta para o mês desde 2015

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Preço médio de todos os combustíveis sofreram aumento. (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

Em março, a inflação no Brasil foi de 0,93%, a taxa mais alta para o mês desde 2015, quando atingiu 1,32%. O índice acumula variação de 2,05% no ano e de 6,10% nos últimos 12 meses, acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo governo para 2021. A meta inflacionária do BC (Banco Central) para este ano é de 3,75%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual.

Os principais impactos vêm dos aumentos nos preços de combustíveis (11,23%) e do gás de botijão (4,98%). Os dados são do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) e foram divulgados na sexta-feira (9) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

“Foram aplicados sucessivos reajustes nos preços da gasolina e do óleo diesel nas refinarias entre fevereiro e março e isso acabou impactando os preços de venda para o consumidor final nas bombas. A gasolina nos postos teve alta de 11,26%, o etanol, de 12,59% e o óleo diesel, de 9,05%. O mesmo aconteceu com o gás, que teve dois reajustes nas refinarias nesse período, acumulando alta de 10,46%, e agora o consumidor percebe esse aumento”, explica o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.

A gasolina foi o item que contribuiu com o maior impacto no IPCA de março (0,60 ponto percentual). Sendo que São Luís (MA) teve a menor variação (6,32%), dentre as 16 localidades pesquisadas, no preço da gasolina ao consumidor. Já o Rio de Janeiro (RJ) foi onde os motoristas mais sentiram no bolso (14,45%) esse reajuste.

O Rio de Janeiro teve, inclusive, outros aumentos que impactaram a inflação de março. Um deles foi o das passagens de trem, que subiram 6,38% em 23 de fevereiro, resultando em uma alta de 3,57% no custo dos transportes na capital fluminense. E houve também reajustes de 4,66% e 4,50% nas concessionárias de energia, em 15 de março, e 3,50% no gás encanado, no dia 1º de fevereiro, contribuindo para uma alta de 0,77% nos custos de habitação do carioca.

No que diz respeito aos índices regionais, todas as áreas pesquisadas apresentaram variação positiva. Sendo que o maior resultado ficou com o município de Goiânia (1,46%), onde pesaram as altas de 13,65% na gasolina e 18,43% no etanol. E o menor índice foi observado na região metropolitana do Recife (0,62%), principalmente por conta das quedas na energia elétrica (-2,23%) e no tomate (-21,03%). Em Porto Alegre, a variação foi de 0,95% em março.

Uma boa notícia para o consumidor é que a inflação do grupo Alimentação e bebidas (0,13%) vem desacelerando. O preço continua subindo, mas sobe menos a cada mês. As variações anteriores foram de 1,74% em dezembro, 1,02% em janeiro e 0,27% em fevereiro.

“Os alimentos tiveram alta de 14,09% em 2020, mas, desde dezembro, apresentam uma tendência de desaceleração. Alguns fatores contribuem para isso, como uma maior estabilidade do câmbio e a redução na demanda por conta da suspensão do auxílio emergencial nos primeiros meses do ano”, comenta Kislanov.

Para quem só está comendo em casa, os preços caíram de fato: a alimentação no domicílio teve queda de 0,17%, enquanto a alimentação fora do domicílio teve alta de 0,89%. Recuos nos preços do tomate (-14,12%), da batata-inglesa (-8,81%), do arroz (-2,13%) e do leite longa vida (-2,27%) baratearam as refeições em casa. Mas as carnes (0,85%) seguem em alta, embora a variação tenha sido inferior à de fevereiro (1,72%).

INPC varia 0,86% em março

Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), subiu 0,86%, resultado levemente acima do de fevereiro (0,82%) e também o maior índice para um mês de março desde 2015, quando o INPC variou 1,51%. No ano, o indicador acumula alta de 1,96% e, em 12 meses, de 6,94%.

Nesse índice, os produtos alimentícios subiram 0,07% em março, abaixo do resultado de 0,17% observado no mês anterior. Já os não alimentícios tiveram alta de 1,11%, enquanto, em fevereiro, haviam registrado 1,03%. As informações são do IBGE.

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