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Economia Inflação e elevado endividamento das famílias exigirão que os bancos reforcem as provisões para perdas com empréstimos

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Brasil ocupa a 13ª posição no ranking de países que mais elevaram a taxa de juros. (Foto: Pixabay)

A mais recente alta da Selic (taxa básica de juros) deve pressionar a qualidade dos ativos dos bancos, segundo a Moody’s. Em relatório, a agência de rating aponta que, em meio ao cenário macroeconômico de atividade fraca, desemprego elevado e inflação acima de 5% desde 2021, os empréstimos problemáticos nos bancos têm crescido nos últimos três trimestres.

“O novo patamar da Selic deve reduzir a demanda por crédito e restringir o apetite de risco dos bancos, à medida que a inflação pesa sobre a renda disponível das famílias e diminui sua capacidade de pagar os empréstimos. A
suficiência dos níveis de provisionamento bancário existentes será o principal atenuante da crescente pressão sobre a qualidade dos ativos”, diz a Moody’s.

A agência aponta que, em março, os grandes bancos tinham índices de cobertura de, em média, 205%. O relatório traz que Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa tiveram um aumento médio de 0,4 ponto percentual na inadimplência nos últimos 12 meses.

A Moody’s diz ainda que, embora os bancos tenham conseguido repassar taxas
mais altas aos clientes, o que continuará a beneficiar a margem financeira, a inflação e o elevado endividamento das famílias provavelmente exigirão que os bancos reforcem as provisões para perdas com empréstimos nos próximos dois trimestres, pressionando o lucro em meio a um crescimento mais moderado do crédito.

A agência ressalta que o forte aumento da taxa de juros ainda não se refletiu em margens mais altas porque os bancos concentraram a originação de novos
empréstimos em produtos com garantia, para gerenciar os riscos crescentes de
ativos. Assim, as grandes instituições apresentaram margens relativamente estáveis nos 12 meses, apesar do aumento de 11,25 pontos porcentuais da Selic no mesmo período.

Segundo o relatório, as tensões nas margens financeiras aumentarão principalmente nos bancos que têm uma carteira maior de empréstimos ao
consumidor de longa duração, com taxa fixa, como hipotecas, empréstimos
consignados e financiamento de veículos, porque a reprecificação dessas carteiras leva mais tempo do que a alta nos custos de captação desses bancos, que são em taxas flutuantes.

De acordo com a agência, os bancos mais expostos a essa dinâmica negativa
decorrente do rápido aperto monetário são aqueles focados predominantemente em empréstimos consignados e financiamento imobiliário, como Banpará, Banrisul, Banese e BRB.

Outros bancos com exposição significativa a financiamentos de veículos, como Banco Yamaha e BV, apesar de possuírem grande parte de sua carteira denominada em taxa fixa, cobram spreads mais altos que proporcionam um colchão adicional para absorver novos aumentos no custo de captação à frente.

 

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