Quarta-feira, 16 de julho de 2025
Por Redação O Sul | 21 de junho de 2022
O Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) acelerou de maneira mais relevante em Porto Alegre e mais quatro das sete capitais pesquisadas na segunda quadrissemana de junho, informou nesta terça-feira (21) a Fundação Getulio Vargas (FGV). Entre a primeira e a segunda leitura deste mês, o índice cheio subiu de 0,79% para 0,91%.
A FGV apurou avanço da inflação em Belo Horizonte (0,34% para 0 96%), Porto Alegre (0,63% para 1,04%), Brasília (-0,02% para 0 08%) e Recife (1,61% para 1,71%). No Rio de Janeiro, o IPC-S apresentou ligeira variação entre a primeira e a segunda quadrissemana, de 1,05% para 1,06%.
Por outro lado, as taxas de variação positiva desaceleraram em São Paulo (0,82% para 0,71%) e Salvador (1,37% para 1,36%).
PIB gaúcho
A economia do Rio Grande do Sul registrou queda de 3,8% no primeiro trimestre de 2022 na comparação com os últimos três meses de 2021. A retração do PIB (Produto Interno Bruto) do Estado no período foi puxada pelas baixas observadas na Agropecuária (-28,1%) e na Indústria (-1,4%); enquanto os Serviços tiveram variação positiva de 0,3%. No Brasil, o PIB apresentou alta de 1,0% no primeiro trimestre na mesma base de comparação.
Os resultados do PIB do RS foram divulgados em videoconferência nesta terça pelo Departamento de Economia e Estatística, vinculado à Secretaria de Planejamento, Governança e Gestão.
Na Indústria, o desempenho da Indústria de Transformação, a mais representativa indústria do RS, com queda de 1,8%, e do segmento de Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (-1,6%) foram os responsáveis pela baixa. Nos Serviços, o Comércio apresentou baixa (-2,0%), enquanto Outros Serviços (+0,8%), Atividades imobiliárias (+1,3%) e Transportes, armazenagem e correio (+1,0%) tiveram destaque positivo.
Comparado ao mesmo trimestre do ano passado, o PIB também registrou queda, de 4,7%, no Estado. No Brasil, a alta no período foi de 1,7%.
Nessa comparação, do primeiro trimestre de 2022 com o mesmo período do ano anterior, a Agropecuária já registra os primeiros impactos da estiagem, com queda de 41,1%. Todas as principais culturas agrícolas sofreram com a falta de chuva: soja (-53,5%), milho (-31,1%), uva (-23,4%), fumo (-15,0%) e arroz (-10,6%).
Na Indústria, a baixa foi de 1,9% em relação aos três primeiros meses de 2021. Eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (-7,6%) e a Indústria de Transformação (-3,7%), as mais representativas do segmento, tiveram fortes perdas, enquanto os setores de Construção (+8,4%) e a Indústria extrativa mineral (+5,5%) registraram crescimento entre janeiro e março.