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Por Redação O Sul | 20 de fevereiro de 2016
A inflação acumulada em 12 meses deverá cair dois pontos percentuais durante o primeiro semestre deste ano, segundo afirmou o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini. No mês passado, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) estava em 10,71%.
Sobre a manutenção da Selic, a taxa básica de juros, após a última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), em janeiro, Tombini disse que foi uma resposta à maior incerteza econômica global em 2016, diante da queda dos preços do petróleo e da desaceleração chinesa. “Havia um hiato maior do que se esperava no final do ano passado. Também agregando as questões internacionais… e esse ambiente internacional que mudou muito no início do ano, nas primeiras semanas”, afirmou. O “hiato do produto” ao qual o presidente da autoridade monetária se refere é a diferença entre o PIB (Produto Interno Bruto) efetivo e o potencial, ou seja, o fraco nível de atividade econômica em relação ao seu potencial.
O Copom surpreendeu, no dia 20 de janeiro, ao decidir manter a taxa Selic em 14,25% ao ano, mesmo com a inflação em 2015 ter ultrapassado o teto da meta do Palácio do Planalto, de 6,5%. Tombini disse ainda que o Brasil não é o único País a responder à maior volatilidade econômica neste ano. Bancos centrais no Japão e na Europa igualmente adotaram uma abordagem mais cautelosa na política monetária. (AG)