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Economia Inflação brasileira acelera em dezembro e fecha o ano em 4,52%, maior alta desde 2016

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Preços dos alimentos acumularam aumento de 14,09% no ano

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Expectativa de crescimento do PIB deste ano passou de 4,36% para 4,85%.(Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil)

Pressionado pelos preços dos alimentos, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), considerado a inflação oficial do Brasil, fechou 2020 em 4,52%, acima do centro da meta para o ano, que era de 4%.

Trata-se da maior inflação anual desde 2016, quando o índice ficou em 6,29%, segundo divulgou nesta terça-feira (12) o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O resultado veio um pouco acima do esperado. Os analistas do mercado financeiro estimavam uma inflação de 4,37% em 2020, segundo a última pesquisa Focus do Banco Central.

Apesar de ter ficado acima do centro da meta, a inflação oficial ficou dentro do limite pelo quinto ano seguido. Pela meta oficial estabelecida pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), o IPCA poderia ficar entre 2,5% e 5,5%. Em 2019, o IPCA foi de 4,31%, ficando também acima do centro da meta para o ano, que era de 4,25%.

Inflação de dezembro é a maior desde 2003

Em dezembro, o IPCA ficou em 1,35%, acima dos 0,89% de novembro, pressionado principalmente pelo aumento a energia elétrica. Foi a maior variação mensal desde fevereiro de 2003 (1,57%) e o maior índice para um mês de dezembro desde 2002 (2,10%). Em dezembro de 2019, a variação havia ficado em 1,15%.

A energia elétrica representou em dezembro 0,40 ponto percentual da variação do IPCA. “Tivemos dez meses consecutivos de bandeira tarifária verde, e em dezembro a gente teve a bandeira tarifária vermelha patamar 2, que tem custo adicional de R$ 6,24 a cada 100 kw/h consumidos. Essa mudança tarifária contribuiu bastante para esse resultado de alta de 9,34% no mês da energia elétrica”, destacou o gerente da pesquisa, Pedro Kislanov.

Alimentos foram os vilões da inflação

A principal vilã da inflação em 2020 foi a alimentação. Os preços do conjunto de alimentos e bebidas tiveram alta acumulada de 14,09% ao longo do ano, o maior aumento desde 2002 (19,47%). Segundo o IBGE, os alimentos responderam sozinhos por quase metade da inflação do ano, com um impacto de 2,73 pontos percentuais sobre o índice geral.

De acordo com o gerente da pesquisa, a alta nos preços da alimentação foi influenciada, sobretudo, pela demanda por esses produtos, a alta do dólar e dos preços das commodities no mercado internacional. “Foi um movimento global de alta nos preços dos alimentos, num ano marcado pela pandemia de Covid-19”, destacou.
Dentre os itens da alimentação, os principais destaques de alta em 2020 foram o óleo de soja (103,79%) e o arroz (76,01%). Pesaram também no bolso das famílias os aumentos da batata-inglesa (67,27%), tomate (52,76%), leite longa vida (26,93%), frutas (25,40%) e carnes (17,97%).

Depois da alimentação, o segundo maior impacto sobre a inflação de 2020 partiu da habitação, que acumulou alta de 5,25% no ano. Segundo Kislanov, esse aumento foi influenciado, sobretudo, pela alta no custo da energia elétrica (9,14%).

Já o terceiro maior impacto partiu de artigos de residência, que acumularam alta de 6% no ano, pressionados pelo efeito dólar sobre os preços de eletrodomésticos (5,18%) e equipamentos e artigos de TV, som e informática (18,75%). O IBGE destacou que, em conjunto, os grupos de alimentação e bebidas, de habitação e de artigos de residência responderam por quase 84% da inflação de 2020.

tags: Brasil

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