Segunda-feira, 13 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 8 de janeiro de 2018
O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) apresentou variação de 0,31% na primeira semana de janeiro, 0,10 ponto percentual acima da taxa registrada na semana anterior. Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (08) pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
Nesta apuração, cinco das oito classes de despesa componentes do índice apresentaram acréscimo em suas taxas de variação. A maior contribuição partiu do grupo Alimentação (0,27% para 0,60%). Nesta classe de despesa, cabe mencionar o comportamento do item hortaliças e legumes, cuja taxa passou de -0,29% para 3,25%.
Também registraram acréscimo em suas taxas de variação os grupos Habitação (-0,33% para -0,23%), Educação, Leitura e Recreação (0,37% para 0,47%), Comunicação (-0,07% para 0,12%) e Despesas Diversas (0,21% para 0,28%). Nessas classes de despesa, vale destacar o comportamento dos itens tarifa de eletricidade residencial (-2,93% para -2,38%), cursos formais (0,00% para 1,19%), tarifa de telefone residencial (-1,01% para -0,30%) e alimentos para animais domésticos (1,89% para 2,67%), respectivamente.
Em contrapartida, os grupos Transportes (0,78% para 0,71%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,45% para 0,43%) e Vestuário (0,11% para -0,10%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Nessas classes de despesa, as maiores contribuições partiram dos itens gasolina (2,07% para 1,72%), serviços de cuidado pessoal (0,67% para 0,47%) e roupas (0,17% para -0,14%).
Confiança empresarial
O ICE (Índice de Confiança Empresarial), também divulgado pela Fundação Getulio Vargas, avançou 1,2 ponto em dezembro e atingiu 93,1 pontos, o maior nível desde abril de 2014 (95,7 pontos), depois de seis meses consecutivos de alta.
A alta do ICE em dezembro decorreu da melhora tanto da percepção sobre o momento presente do empresariado quanto das perspectivas de curto prazo. O IE-E (Índice de Expectativas) subiu 1,4 ponto, alcançando 101,3 pontos. Essa é a primeira vez que o índice ultrapassou a barreira dos 100 pontos desde novembro de 2013 (101,4 pontos). O ISA-E (Índice da Situação Atual) subiu 0,9 ponto, para 87,6 pontos, maior nível desde setembro de 2014 (88,1 pontos).
A confiança avançou nos quatro setores que integram o ICE. A maior contribuição para a alta do índice em dezembro foi dada pelo setor de Serviços (0,5 ponto), seguido pelos setores da Indústria e do Comércio (0,3 ponto, cada) e da Construção (0,1 ponto). Em dezembro, o indicador de emprego previsto (106,1 pontos) atingiu o maior patamar desde março de 2014 (108,3 pontos). A maior contribuição para a variação de 2,2 pontos desse indicador foi dada pelo Comércio (1,4 ponto), seguido por Indústria (0,6 ponto) e Serviços (0,2 ponto).
2017
O ano de 2017 foi marcado pela recuperação do indicador que mede o grau de satisfação com a situação presente das empresas. Enquanto em 2016 a alta do ICE havia sido motivada principalmente pela melhora das expectativas de curto prazo, em 2017 o indicador da situação atual contribuiu de forma consistente para o avanço do índice.
Em dezembro, a confiança aumentou em 67% dos 49 segmentos pesquisados pela FGV para compor o ICE. Considerando-se médias móveis trimestrais, a proporção de segmentos em alta na margem é de 60% do total.