Quinta-feira, 23 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 22 de outubro de 2025
Conhecido como Capitão Hunter, João Paulo Manoel foi preso nessa quarta-feira (22) por policiais civis da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), do Rio. O influenciador digital de 45 anos é investigado por crimes sexuais contra duas crianças. O homem, que produzia conteúdo do mundo dos games e universo Pokémon, voltado ao público infantil, foi capturado em São Paulo, em uma ação conjunta com a Polícia Civil paulista.
Segundo as investigações, o influenciador possui cerca de 1 milhão de seguidores nas redes sociais, onde costuma falar sobre uma popular franquia de jogos e animações. Seu público é formado majoritariamente por crianças e adolescentes. Ele também é dono de uma loja virtual que comercializa produtos ligados à franquia.
Uma das vítimas é uma menina de 13 anos, que o conheceu pessoalmente durante um evento em um shopping da Zona Norte do Rio. Após o encontro, eles passaram a manter contato pelas redes sociais, onde o homem se aproximou da família dizendo que acompanharia e apoiaria a trajetória da adolescente no jogo.
De acordo com a Polícia Civil, o influenciador começou a solicitar fotos íntimas à menina, oferecendo produtos da franquia em troca. A investigação detalhou que ele ofereceu como recompensa cartas de um jogo do Pokémon.
Ele também teria enviado diversas imagens inapropriadas dele para a vítima, mostrando as partes íntimas. O registro das conversas confirmou a conduta do suspeito e revelou que ele chegou a dizer para a menina que nem parecia que ela era uma criança.
Em uma das mensagens, ele chegou a orientar a menina a apagar o histórico de conversas para que ninguém visse o que ele falava. Para convencer a menina, dizia que confiava nela e que a amava. Para a polícia, João Paulo Manoel usou sua condição de ídolo da vítima para que ela se sentisse “privilegiada” em atender aos pedidos dele.
O homem também é investigado por abordagem semelhante a um menino de 11 anos.
Contra ele, foram cumpridos mandados de prisão pelos crimes de estupro de vulnerável e produção de conteúdo pornográfico infantil. Policiais também realizaram buscas e apreensões e a quebra de sigilo de dados. Todos os aparelhos eletrônicos apreendidos serão encaminhados para perícia. (Com informações do jornal O Globo)