Sexta-feira, 26 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 26 de agosto de 2020
Mais de 170 pessoas teriam sido beneficiadas
Foto: Leopoldo Silva/Agência SenadoAs investigações da Operação Falso Negativo, deflagrada pelo Ministério Público do Distrito Federal na terça-feira (25), apontam para a existência de uma “lista VIP” que priorizava determinadas pessoas, entre elas políticos, na realização de testes de Covid-19 no DF.
Mais de 170 pessoas teriam sido beneficiadas. Conversas obtidas pelo Ministério Público mostram que o secretário de Saúde do DF afastado, Francisco Araújo, exigiu agilidade ao diretor do Laboratório Central do DF, Jorge Antônio Chamon Júnior, nos resultados dos exames do ex-senador Luiz Estevão e do ex-governador José Roberto Arruda.
Francisco e Jorge Antônio estão entre os seis presos na operação de terça-feira (25). Todos integram a cúpula da Secretaria de Saúde do DF. Segundo o Ministério Público, eles são suspeitos de fazer parte de uma suposta organização criminosa que direcionou e superfaturou a compra de testes rápidos para Covid-19 em Brasília.
As defesas dos suspeitos alegam inocência. O governador Ibaneis Rocha (MDB) afastou o grupo após a operação, mas disse que eles estão sendo “indevidamente acusados”. Já a Secretaria de Saúde informou que sempre colaborou com as investigações.
Os diálogos foram obtidos pelo Ministério Público após a apreensão de celulares dos envolvidos na primeira fase da operação, em 2 de julho.