Quarta-feira, 26 de novembro de 2025

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Política Investigações atingem aliados de Ciro Nogueira, presidente nacional do Progressistas, e minam projetos eleitorais

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Ciro avisou que seu nome não está disponível para ser vice em nenhuma chapa da direita ao Palácio do Planalto

Foto: Roque de Sá/Agência Senado
Ciro avisou que seu nome não está disponível para ser vice em nenhuma chapa da direita ao Palácio do Planalto. (Foto: Roque de Sá/Agência Senado)

Uma série de investigações recentes atingiu ao menos quatro aliados do senador e presidente nacional do Progressistas (PP) Ciro Nogueira, gerando desgaste à sua imagem e minando seus projetos eleitorais para 2026.

O mais recente dos alvos foi Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, preso na operação Compliance Zero investigado por supostos crimes contra o sistema financeiro.

No início de outubro, Ciro virou alvo de intenso ataque bolsonarista e tomou uma decisão. Ao visitar o ex-presidente na prisão domiciliar, avisou que seu nome não está disponível para ser vice em nenhuma chapa da direita ao Palácio do Planalto, mesmo se o candidato for o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Pouco antes de Vorcaro, outras pessoas próximas de Ciro tornaram-se alvo de investigações rumorosas. No começo do novembro, um ex-assessor do senador, Victor Linhares, foi alvo de ação de busca e apreensão no âmbito da operação Carbono Oculto 86, que investiga a infiltração do PCC (Primeiro Comando da Capital) no mercado de combustíveis no Piauí.

Linhares não é investigado na operação, mas a Polícia Civil quer ouvi-lo a respeito de sua proximidade com os principais suspeitos de encabeçar o esquema. Como mostrou o Painel, ele fez viagens internacionais com os investigados e gravou vídeos em tom descontraído. Além da relação profissional duradoura, Ciro é padrinho de uma das filhas de Linhares.

Em agosto, a Carbono Oculto, megaoperação que mira a relação entre o setor de combustíveis, o PCC e a Faria Lima, citou que a empresa de Ricardo Magro, a Refit, nome fantasia da refinaria de Manguinhos, do grupo Fit, teria entrado no esquema da facção. O empresário nega.

Em 2024, Ciro apresentou emendas que ganharam o apelido de “emendas Refit”, a partir da interpretação de que beneficiavam a empresa de Magro, que tem dívidas bilionárias de ICMS. As emendas propostas pelo senador criavam exceções no enquadramento de uma empresa como devedora contumaz que poderiam, em tese, ser aproveitadas pela Refit.

Em maio, o empresário Fernando Oliveira Lima, conhecido como Fernandin OIG, então na mira da CPI das Bets, entrou no radar da Polícia Federal, que pediu autorização ao STF (Supremo Tribunal Federal) para investigar as relações entre ele e Ciro Nogueira — que defendeu o empresário de críticas na CPI e viajou em seu jato para fazer turismo em Mônaco, mostrou reportagem da revista piauí.

Fernandin OIG, Linhares e Ciro realizaram uma triangulação de recursos que também foi revelada pela revista piauí. O ex-assessor recebeu R$ 625 mil do empresário das bets. No mesmo período, Linhares transferiu R$ 35 mil para a conta pessoal do senador.

Nogueira disse à revista que o valor era o reembolso de uma reserva de hotel em Capri, na Itália, e que os R$ 625 mil foram o pagamento por um relógio de luxo, negociado diretamente entre o empresário e o seu ex-assessor.

No caso de Vorcaro, além da companhia em festas e outros eventos, Ciro converteu-se em uma das principais pontes do banqueiro com o mundo político. Foi por meio dessas relações que Vorcaro conseguiu avançar na negociação de venda do Master para o BRB (Banco de Brasília), que acabou vetada pelo Banco Central.

Enquanto o negócio travava, Ciro apresentou iniciativas que poderiam ajudar Vorcaro. Uma medida foi a chamada “emenda Master”, em 2024, com o objetivo de aumentar o valor de cobertura do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) de R$ 250 mil para R$ 1 milhão. Caso tivesse sido aprovada, ela teria implicado em um rombo ainda maior no fundo hoje — o FGC já projeta um resgate de R$ 41 bilhões atualmente, o maior da história.

Outra medida da qual Ciro participou foi uma ofensiva para aprovar um projeto de lei que daria poderes ao Congresso para demitir diretores e o presidente do Banco Central, interpretada como uma forma de pressionar a instituição no momento em que ela decidia se aprovava ou não a venda do Master para o BRB.

 

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