Segunda-feira, 12 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 3 de dezembro de 2022
Os consumidores interessados nas versões mais potentes do iPhone 14 – os recém-lançados iPhone 14 Pro e iPhone 14 Pro Max – vão dar com os burros n’água se quiserem trocar de celular nas próximas semanas.
A nova leva simplesmente desapareceu das prateleiras das lojas oficiais da Apple tanto no mercado doméstico quanto internacional. A loja online estipula prazo mínimo de quatro semanas para a entrega de novas unidades, o que inviabiliza a compra a tempo do Natal.
O sumiço das prateleiras está relacionado com o aumento do número de casos de covid na região onde fica a maior fábrica de iPhone do mundo, na China.
Além disso, os recentes protestos dos trabalhadores locais, devido à falta de pagamento e insatisfação com a rígida política de lockdown do país asiático, intensificaram o problema de disponibilidade do produto neste fim de ano. Em novembro, a fábrica operou com apenas 20% da capacidade, segundo a imprensa internacional.
Por outro lado, pode ser que os consumidores ainda encontrem o iPhone 14 Pro e o iPhone 14 Pro Max em outras lojas, que fizeram o estoque antes de eclodir a situação chinesa.
Contratempos
No início de novembro foram noticiadas projeções que indicavam queda de até 30% na produção de iPhones na fábrica da Foxconn na cidade de Zhengzhou, na China. As instalações da empresa operam com cerca de 200 mil funcionários e é responsável pela maior parte da fabricação da linha iPhone 14.
Na semana passada, imagens de confrontos violentos entre empregados das fábricas do iPhone com a polícia rodaram o mundo. Os manifestantes acusam a companhia de forçá-los a morar e trabalhar nas instalações da empresa, bem como limitar o acesso a alimentos e suprimentos básicos. O não cumprimento do pagamento de bônus e salários maiores também estão entre as principais queixas.
A agência Reuters estima que a fábrica tenha perdido pelo menos 20 mil funcionários só em novembro. Juntando isso com as paralisações, aumento de casos da covid e as rigorosas restrições da política de “covid zero” do governo chinês, a empresa passou a operar com apenas 20% da capacidade total no último mês. E a situação para dezembro não parece ser tão diferente, com 30% a 40% desse quantitativo.
Estratégias
A gigante de Cupertino pensou em diversas estratégias para mitigar os impactos dos acontecimentos recentes. Uma das soluções encontradas foi colocar novas empresas de peso como responsáveis pela montagem de parte das unidades que estão em déficit. Nomes como Pegatron e a Luxshare ICT entraram na mira.
Ainda assim, o famoso analista Ming-Chi Kuo alerta que a medida é insuficiente para garantir a entrega do iPhone 14 Pro e iPhone 14 Pro Max até o fim de dezembro. Com isso, o especialista espera uma redução de 20% a 30% nas receitas da Apple para o último trimestre de 2022.