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Por Redação O Sul | 27 de janeiro de 2016
O Irã é o principal país do mundo em execução de menores de idade, denunciou nessa terça-feira a Anistia Internacional, que acusou a República Islâmica de torturar para obter confissões. A ONG (organização não governamental) de defesa dos direitos humanos, sediada em Londres (Reino Unido), informou que o Irã “encabeça a sinistra classificação mundial de carrascos de delinquentes juvenis”, com 73 sentenças de morte entre 2005 e 2015.
“O Irã é um dos poucos países que continua executando delinquentes menores, numa violação flagrante à proibição legal absoluta de executar pessoas que eram menores de 18 anos no momento do crime”, disse o diretor-adjunto para o Oriente Médio da Anistia, Said Boumedouha. Segundo a ONG, a maioria das execuções ocorreram por homicídio, estupro, crimes com drogas e um ligado à segurança nacional, conhecido como “inimizade contra Deus”.
Segundo cifras de 2014 da Organização das Nações Unidas, há pelo menos 160 menores no corredor da morte no Irã. O encarregado do sistema judicial iraniano, aiatolá Sadegh Larijani, disse em 2014: “Não temos nenhuma execução de pessoas menores de 18 anos”.