Domingo, 12 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 5 de julho de 2015
Irã e o chamado grupo P5+1 (EUA, Rússia, China, França e Reino Unido, mais a Alemanha) chegaram a um acordo provisório para a suspensão de sanções que atingem a República Islâmica, informou nesse sábado a agência de notícias Associated Press, baseada em relatos de diplomatas envolvidos nas negociações. Segundo essas fontes – que pediram anonimato, por não estarem autorizadas a comentar sobre o assunto –, as partes estão próximas de um acordo final que garantirá ao Irã dezenas de bilhões de dólares em benefícios econômicos em troca de restrições a seu programa nuclear.
Faltam, no entanto, as assinaturas do secretário de Estado dos EUA, John Kerry, e do ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, ao documento. Essa resolução, que deve vir anexa ao acordo final, estipula quais e em quanto tempo as sanções contra o país persa devem terminar.
Irã e o grupo P5+1 participam de mais uma rodada de negociações, em Viena, na Áustria, sobre o tema. O diálogo ocorre há mais de 18 meses e tinha como prazo final 30 de junho.
Algumas sanções norte-americanas contra o Irã, no entanto, devem continuar. Dizem respeito não ao programa nuclear, mas a retaliações contra investimento iraniano em mísseis balísticos, violações de direitos humanos e apoio da República Islâmica a organizações consideradas terroristas por autoridades dos EUA.
Governos ocidentais afirmam que o programa nuclear iraniano pode ter fins militares. O governo de Teerã, porém, argumenta que seu programa é voltado exclusivamente à geração de energia e a outros fins pacíficos. Israel afirma que o programa iraniano é uma ameaça à sua própria existência.
Hillary Clinton
A candidata democrata à presidência dos EUA, Hillary Clinton, disse nesse sábado que mesmo que um acordo seja alcançado com o Irã sobre o programa nuclear, a “agressividade de Teerã não terminará” e o país continuará a ser um dos principais patrocinadores do terrorismo. Hillary também afirmou que os EUA precisam ser “muito mais espertos” sobre o modo como lidam com o presidente russo, Vladimir Putin.