Quarta-feira, 05 de novembro de 2025
Por Redação O Sul | 9 de abril de 2023
Uma irmã da brasileira Kátyna Baía, presa na Alemanha junto com a companheira após ter mala trocada por bagagem com droga, contou ao portal de notícias G1, no sábado (8), que uma rede de apoio a brasileiros residentes e não residentes no país tenta levar agasalhos e alimentos para elas no presídio de Frankfurt.
“Se for possível, vão levar comida e agasalho e quando elas saírem de dar uma hospedagem também até conseguirem voo de volta”, explicou Déborah Teodoro.
Jeanne Paollini é veterinária e Kátyna Baía é personal trainer, em Goiânia. Elas viajaram no dia 5 de março e desceram em Frankfurt, onde foram presas, antes de chegar a Berlim. As bagagens delas foram trocadas por duas malas com 40kg de cocaína no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. As malas verdadeiras continuavam desaparecidas.
A Polícia Federal começou a investigar e descobriu que funcionários terceirizados do Aeroporto de Guarulhos trocavam etiquetas de malas para enviar drogas para o exterior. No dia 4 de março, a polícia prendeu seis investigados.
“Deixou toda a família e amigos atordoados, tem movimentado as redes de apoio, temos muito a agradecer. Não tem sido fácil, é uma prisão injusta, cruel. Elas jamais se prestariam a esse papel de mula de tráfico”, pontuou Déborah.
Prisão
As autoridades alemãs disseram que há fortes indícios de que as brasileiras são mesmo inocentes, mas queriam ter acesso a todos os vídeos obtidos pela Polícia Federal e ao inquérito completo, com a prisão dos suspeitos, antes de soltá-las da prisão.
O Ministério da Justiça enviou, na quinta-feira (6), para a Justiça de Frankfurt, na Alemanha, a cópia integral do inquérito da Polícia Federal sobre a troca de malas por bagagens com drogas no Aeroporto de Guarulhos.
A superintendente da Polícia Federal em Goiás, Marcela Rodrigues, também afirmou que há evidências de que as goianas não eram donas das malas com cocaína que chegaram a Frankfurt.
“Elas embarcaram com malas contendo menos de 20kg e foi identificado no aeroporto da Alemanha 20kg de entorpecentes em cada uma das bagagens. Elas afirmaram que as malas não eram delas”, esclareceu a delegada.
Solidão e frio
A rotina das brasileiras Jeanne Paollini e Kátyna Baía tem sido de frio e solidão nas celas “minúsculas” e individuais da penitenciária de Frankfurt, onde estão detidas há mais de um mês, segundo a advogada delas, Luna Provázio.
“Elas estão angustiadas porque estão presas há mais de 1 mês e perguntam muito pelos familiares. Elas estão morrendo de saudade. A Kátyna, por exemplo, não conseguiu falar com a mãe nesse tempo todo e elas são muito apegadas”, contou a advogada Luna Provázio.
O contato das goianas com o Brasil foi feito até agora basicamente com a advogada, e somente por telefone fixo porque o presídio não permite videochamadas.
“Elas estão em celas separadas e me relataram que são minúsculas. Elas disseram que passam frio porque o presídio não fornece roupa de frio adequada e elas tiveram todos os bens pessoais apreendidos”, relatou a advogada. As informações são do portal de notícias G1.