Sexta-feira, 19 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 19 de julho de 2020
Diversos espaços públicos estão fechados em Porto Alegre.
Foto: Reprodução/TwitterO índice de isolamento social praticado pela população de Porto Alegre no último sábado (18) ficou em 42,6%, de acordo com a plataforma https://prefeitura.poa.br/coronavirus. Melhor que os 39,5% da sexta-feira, mas com as temperaturas mais altas e o sol, mesmo com o fechamento de parques, da orla e outros espaços públicos, as pessoas acabaram saindo de casa e fazendo o índice subir.
Em diversas fotos divulgadas em redes sociais é possível ver que, embora pela manhã o movimento tenha sido baixo e com poucas pessoas buscando a prática de esportes, várias pessoas optaram por praças e espaços não interditados para passar a tarde. Nesses locais era possível ver pessoas sentadas em grupos e sem máscaras, apesar dos apelos da prefeitura, que busca atingir um isolamento social de 55%.
Espaços como parques e a orla seguem fechados e sendo fiscalizados pela Guarda Municipal.
Apelo contra o lockdown
Ainda na sexta-feira o prefeito Nelson Marchezan Júnior fez um apelo aos porto-alegrenses para que respeitem o isolamento social e evitem a última ferramenta possível: o fechamento total da cidade. Pela página do Facebook da Prefeitura de Porto Alegre, Marchezan e o secretário municipal de Saúde, Pablo Stürmer, apresentaram os dados da pandemia e esclareceram dúvidas e boatos sobre o novo coronavírus. Mais cedo, o prefeito já havia conversado por videoconferência com representantes dos hospitais e entidades empresariais.
Marchezan explicou que a Capital conta com uma boa estrutura hospitalar e reconheceu o esforço das instituições de saúde na ampliação de mais de 200 leitos de UTI nos últimos meses. “Até hoje ninguém ficou sem atendimento adequado, mas os hospitais estão no seu limite de recursos humanos”, diz o prefeito. Ele explica, ainda, que jamais existirá uma oferta de leitos de UTI do tamanho que uma pandemia exige e que “nenhum lugar do mundo conseguiu este controle”, observa.
Segundo o prefeito, no início de junho a rede de saúde registrou uma grande demanda por atendimento de pacientes contaminados e não está mais conseguindo segurar a contaminação. “As medidas restritivas não foram capazes de diminuir a circulação de pessoas. Entendemos que as pessoas estão cansadas psicologicamente e os negócios com suas capacidades no limite, mas cada medida adotada leva 15 dias para ter reflexo”, diz.