Quarta-feira, 07 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 5 de dezembro de 2023
Cerca de dois civis morreram a cada combatente do Hamas executado na Faixa de Gaza, admitiram, na segunda-feira, militares israelenses do alto escalão sob condição de anonimato. O Ministério da Saúde de Gaza, governada pelo Hamas desde 2007, informou que desde 7 de outubro morreram 15.899 pessoas em bombardeios no território palestino.
“Não digo que seja bom que tenhamos uma proporção de dois para um”, declarou um dos responsáveis, acrescentando que o uso de escudos humanos é parte da “estratégia básica” do grupo terrorista. “Esperamos que [a proporção] seja muito menor na próxima fase da guerra”.
Israel bombardeia o enclave palestino em resposta ao ataque brutal e sem precedentes perpetrado pelo Hamas contra seu território, que matou cerca de 1.200 pessoas, civis em sua maioria, e sequestraram 240, de acordo com as autoridades.
O número crescente de mortos e a crise humanitária que assola Gaza provocou uma onda de indignação no mundo. Perguntado sobre relatos da mídia de que 5 mil combatentes do Hamas haviam morrido, um dos responsáveis contestou: “Os números são mais ou menos certos”.
Os Estados Unidos, principal aliado de Israel, pediu que o país aumente seus esforços para evitar mais perdas civis. As operações terrestres israelenses agora se deslocam para o sul, onde muitos habitantes de Gaza se abrigam após fugirem do norte.
O Exército está implementando um programa de mapeamento de alta tecnologia para reduzir as perdas civis, segundo os oficiais militares. O sistema integra sinais de telefonia móvel, vigilância aérea e inteligência artificial para criar um mapa que mostra as concentrações de população em todo o território.
Cada uma das 623 células do mapa é codificada por cores. O verde designa zonas nas quais ao menos 75% da população foi evacuada. O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (Ocha) questionou, porém, a utilidade da ferramenta em uma área onde o acesso às telecomunicações e à eletricidade é esporádico.
As operações terrestres israelenses agora se deslocam para o sul, onde muitos habitantes de Gaza se abrigam após fugirem do norte. O exército está implementando um programa de mapeio de alta tecnologia para reduzir as perdas civis, afirmaram os oficiais militares.
O sistema integra sinais de telefonia móvel, vigilância aérea e inteligência artificial para criar um mapa que mostra as concentrações de população em todo o território.