Sexta-feira, 10 de outubro de 2025
Por Redação O Sul | 4 de fevereiro de 2021
Todos os israelenses com 16 anos ou mais agora estão elegíveis para serem vacinados contra a covid-19, anunciou nessa quinta-feira (4) o ministro da Saúde, Yuli Edelstein.
“Venham em massa. Aproveite uma situação que não existe em quase nenhum outro país do mundo. Só assim venceremos o coronavírus. Juntos”, afirmou o ministro em um comunicado.
Israel tem a campanha de vacinação mais avançada do mundo: 38% da população já recebeu ao menos uma dose e 22% já foram completamente imunizados contra o novo coronavírus.
O país, que tem cerca de 9 milhões de habitantes, foi um dos primeiros do mundo a iniciar a imunização da sua população. Começou em 20 de dezembro e, 12 dias depois, já tinha vacinado mais de um milhão de pessoas.
O governo já está vacinando estudantes entre 16 e 18 anos desde 24 de janeiro, para permitir que os adolescentes possam fazer provas e vestibulares em segurança, e agora estendeu a imunização a qualquer cidadão. A meta é inocular todo os habitantes até o fim de março.
A imunização em massa já aponta para uma queda nas infecções e internações em Israel, mas o país segue em lockdown — e o governo considera a possibilidade de estender o bloqueio pela quarta vez, a partir desta sexta (5), porque o número de novos casos é considerado alto.
Foram notificados 7,4 mil novos casos na última quarta (3), com uma taxa de positividade de 8,9% nos testes realizados. O país tem 672 mil infectados e menos de 5 mil mortes causadas pelo vírus até o momento.
O Brasil, que completou duas semanas com média diária de óbitos acima de mil, tem mais de 9 milhões de casos confirmados e quase 230 mil óbitos por covid-19. O país começou a vacinação em 17 de janeiro e, até o momento, aplicou a primeira dose em 1,3% dos brasileiros.
Queda
O programa de vacinação de Israel está mostrando sinais positivos na redução de infecções por covid-19 e no total de hospitalizações pela doença na faixa etária acima dos 60 anos.
A queda parece ser mais visível em pessoas mais velhas e nas áreas onde houve maior avanço da imunização.
Isso sugere que a vacina está surtindo efeito na saúde coletiva, e não somente o atual lockdown imposto no país, que reduz o contato entre as pessoas e, por consequência, o número de contágios.
Os números do Ministério da Saúde de Israel mostram que apenas 531 maiores de 60 anos dos quase 750 mil vacinados tiveram resultado positivo para coronavírus (0,07% do total) depois de receberem as doses da vacina, mas com sintomas leves.
Outras 38 pessoas foram hospitalizadas com sintomas moderados, graves ou críticos da doença — uma proporção ínfima.
O Ministério da Saúde avaliou os prontuários médicos de quase 1 milhão de pessoas no total — 743.845 das quais tinham mais de 60 anos — até pelo menos sete dias após terem recebido uma segunda dose da vacina.
Houve três mortes em vacinados com mais de 60 anos, mas é impossível de determinar se eles contraíram a doença antes de receberem o imunizante ou antes que sua imunidade tivesse tempo de se desenvolver após a vacina.
Antes que a vacina tivesse tempo de fazer efeito, mais de 7 mil infecções foram registradas, pouco menos de 700 casos de doença moderada a crítica e 307 mortes.
Os dados do Ministério da Saúde sugerem que as infecções caíram consistentemente de 14 dias após o recebimento da primeira injeção em diante.