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Mundo Israel completa 70 anos de independência nesta segunda-feira. Relembre como foi a declaração

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Em um mês, Israel vacinou mais de 3 milhões de pessoas. (Foto: Freepik)

Em 14 de maio de 1948, David Ben Gurion, presidente do Conselho Nacional Judeu, proclamou o nascimento do Estado de Israel no Museu de Arte de Tel Aviv, no momento em que expirava o mandato britânico sobre a zona. O sionismo, movimento que buscava o retorno dos judeus à Palestina, encontrou sua primeira expressão política em 1896, quando o escritor e jornalista Theodor Herzl publicou “O Estado dos Judeus”.

Um ano depois, o primeiro congresso sionista proclamou que “o sionismo aspira criar um lar na Palestina para o povo judeu”. O antissemitismo e os ataques na Europa aceleraram a chegada dos judeus ao local, passando de 24 mil em 1882 para 47 mil em 1895.

Em novembro de 1917, Londres expressou por meio de seu ministro das Relações Exteriores, Arthur James Balfour, que era a favor do estabelecimento de “um lar nacional judeu” na Palestina.

Em novembro de 1947, em sessão presidida pelo brasileiro Oswaldo Aranha, a ONU votou a divisão da Palestina em dois Estados: um judeu e outro árabe. O plano foi aceito pelos dirigentes sionistas, mas não pelos líderes árabes.

Em 14 de maio de 1948, os membros do Conselho Nacional Judeu foram convocados à galeria principal do Museu de Tel Aviv, um terreno neutro política e religiosamente.

No nascer do sol, o Alto Comissário britânico na Palestina, Sir Alan Cunningham, teria passado em revista pela última vez a guarda de honra em Jerusalém.

Às 16 horas, David Ben Gurion, que excepcionalmente usava uma gravata, mostrou um pergaminho com a Declaração de Independência.

“A terra de Israel é o lugar onde nasceu o povo judeu (…) Frente ao exílio, o povo judeu permaneceu fiel à terra de Israel em todos os países onde foi dispersado, não deixando nunca de rezar e de esperar para poder voltar para restabelecer sua liberdade nacional”.

Cerimônia

A sala, onde havia apenas 200 pessoas, era decorada com um retrato de Theodor Herzl e uma pintura de Chagall com o título “Judeus sustentando as tábuas da lei”.
A orquestra filarmônica de Tel Aviv estava no balcão. Os técnicos da rádio montaram um estúdio improvisado.

Toda os presentes se levantaram de seus assentos e cantaram, acompanhados da orquestra, os tons graves da Hatikvah (A Esperança), o hino nacional. “Mazel tov, Israel” (boa sorte, Israel), murmurou Golda Meir, fiel escudeira de Ben Gurion.

Cada membro do Conselho foi convidado a assinar o documento de independência, um pergaminho virgem com um texto mecanografado grampeado, devido à falta de tempo. Ben Gurion, que insistiu que todos assinassem com seu nome em hebraico, foi o primeiro e os outros o seguiram, em ordem alfabética.

Depois encerrou a sessão, que durou somente 32 minutos. Apesar do segredo que envolveu a organização da cerimônia, uma multidão invadiu as ruas próximas do prédio, no boulevard Rothschild, em pleno centro da cidade.

Os ritos da cerimônia foram transmitidos por alto-falantes levando a um verdadeiro júbilo popular.
Mas rapidamente as ruas esvaziaram, em parte devido ao descanso do shabat, mas também pelo medo de um ataque árabe. Os exércitos de vários países árabes teriam anunciado que entrariam na Palestina logo que terminasse oficialmente o mandato britânico.

Primeiro conflito

Em 15 de maio, cinco países árabes, Síria, Egito, Transjordânia, Líbano e Iraque, rechaçando a divisão da Palestina, entraram em guerra contra o novo Estado. Havia vários meses a Palestina já era o cenário de combates entre judeus e árabes.

Mais de 76 mil palestinos foram obrigados ao êxodo pelo avanço das tropas judias ou acabaram expulsos depois. Esse exílio ficou conhecido como “Nakba”, que significa catástrofe em árabe. Cerca de 400 aldeias foram destruídas.

A “Guerra da Independência” terminou em 7 de janeiro de 1949, com o cessar-fogo, e o território de Israel passou dos 14 mil km² estabelecidos pela ONU para 21 mil km².

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