Quarta-feira, 24 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 21 de setembro de 2020
Itália montou colégios eleitorais em hospitais e criou um sistema de coleta de votos por domicílio para pacientes de Covid-19
Foto: ReproduçãoAinda às voltas com a pandemia do novo coronavírus, a Itália montou colégios eleitorais em hospitais e criou um sistema de coleta de votos por domicílio para pacientes de Covid-19 no referendo constitucional e nas eleições regionais de 20 e 21 de setembro.
Mesmo tendo conseguido controlar o avanço do Sars-CoV-2, o país ainda tem 44.098 casos ativos, ou seja, de pessoas que estão atualmente infectadas pelo vírus e que não podem se dirigir a colégios eleitorais.
Desse total, 41.511 cumprem isolamento domiciliar e 2.587 estão internados, sendo 222 em UTIs. Para garantir o direito a voto de todos, o governo autorizou a montagem de colégios eleitorais em hospitais com 100 a 199 leitos e que tenham departamentos voltados à Covid-19.
Além disso, foi estabelecido um sistema de coleta domiciliar dos votos daqueles que estão em isolamento em suas casas. Um dos eleitores que optaram por essa modalidade é o ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, que está em convalescença após ter sido infectado pelo Sars-CoV-2.
O voto domiciliar é organizado pelas prefeituras, que destacam colégios eleitorais móveis para coletar as cédulas. Os responsáveis pelo serviço devem vestir roupas e equipamentos de proteção e colocar os votos em envelopes plásticos.
Os colégios móveis para pacientes da Covid-19 tiveram dezenas de deserções de última hora, e muitos deles acabaram formados por voluntários da Defesa Civil. “Sentíamo-nos no dever de fazer isso”, disse o enfermeiro Lello Mancini, presidente de um colégio móvel em Bari, sul da Itália.