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Mundo Itália exigirá certificado de saúde em locais de lazer

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Itália, Suíça e Finlândia também devem relaxar suas restrições contra o vírus nos próximos dias. (Foto: Reprodução)

Em meio ao avanço da variante Delta, o governo italiano anunciou que irá restringir as atividades de lazer para pessoas não vacinadas ou que não apresentem um teste negativo para o vírus feito até 48 horas antes. O chamado “passaporte verde” será necessário para ir a cinemas, teatros, estádios e museus, por exemplo.

A medida veio 10 dias após a França fazer um anúncio similar, em uma tentativa de conter a piora da pandemia na Europa, que viu a proporção de novos casos por 100 mil habitantes triplicar no último mês. Os dois países não estão sozinhos: desde a semana passada, é necessário estar vacinado para entrar em salões fechados de bares e restaurantes na Grécia.

Em Malta, entram apenas turistas vacinados, enquanto a Alemanha barrou viagens de pessoas não inoculadas oriundas da Espanha e da Holanda, dois países que registram um aumento particularmente significativo de casos. A França também acirrou as restrições para a entrada de não vacinados vindos de países “de alto risco”, como o Reino Unido.

“O uso dos certificados de vacina é necessário para manter a economia aberta”, disse o primeiro-ministro italiano Mario Draghi, destacando o risco da variante Delta. “Um convite para não se vacinar é um convite para morrer, ou para deixar os outros morrerem.”

As medidas, afirmou o governo italiano, começarão a valer no dia 6 de agosto e os estabelecimentos que as descumprirem serão multados. Para obter um certificado, é necessário ter recebido ao menos uma dose da vacina anti-Covid, ter se recuperado da doença ou testado negativo com no máximo 48 horas de antecedência.

Draghi disse que a economia do país está se recuperando mais rápido que o esperado, superando inclusive outros países europeus. Mas que, diante da Delta, seu governo poderá ser forçado a voltar para a quarentena se a população não se vacinar.

A Itália registrou 5.057 novas infecções na última quinta (22), mais que o dobro de uma semana atrás. Devido às vacinas, no entanto, as mortes e internações não crescem na mesma proporção que em outros momentos da pandemia: até o momento, 61% dos italianos tomaram ao menos uma dose anti-Covid e 47% tomaram as duas.

O certificado de vacinação tem fim duplo: não apenas controlar a transmissão, mas também incentivar a inoculação de recalcitrantes, o que é tido pelas autoridades de saúde como essencial para conter a variante Delta, cerca de 60% mais contagiosa, segundo as autoridades de saúde.

A estimativa do Centro de Prevenção e Controle de Doenças da Europa (ECDC) é que, até agosto, a mutação já seja responsável por 90% dos novos diagnósticos na UE. No bloco como um todo, 53,6% da população tomou as duas doses.

Segundo diversas pesquisas realizadas nos últimos dias, cerca de 70% dos italianos aprovam que seu país siga os passos da França e adote restrições para pessoas ainda não vacinadas. A discussão, ainda assim, causou uma fissura na coalizão de governo italiana, despertando a oposição do partido Liga, do expoente da ultradireita populista europeia Matteo Salvini.

Salvini, que diz não ter se vacinado, afirma que a medida “exclui 30 milhões de italianos da vida social” e, no domingo, afirmou que “se recusava a ver alguém correr atrás do meu filho de 18 anos com um swab ou seringa”. Os ministros do seu partido, no entanto, apoiaram a medida.

Em abril, quando começaram a acontecer surtos de covid-19 em hospitais cujas equipes ainda não haviam se vacinado, a Itália foi o primeiro país europeu a obrigar funcionários da saúde a se inocularem. Agora, debate também exigir a vacinação para professores.

As medidas levantam debates pelo continente sobre até que ponto o governo pode — ou deve — limitar a circulação dos não vacinados. Na França, a ira com as medidas despertou protestos nacionais, levando mais de 100 mil pessoas às ruas no final de semana para protestar contra o que dizem ser um “abuso de poder” do governo.

No Reino Unido, críticos dentro do próprio governo conservador puseram em xeque a implementação da obrigatoriedade de passes para frequentar boates, por exemplo, que seria implementada em setembro.

Nem sempre a postura mais dura surte efeito. Na Rússia, onde a desconfiança das vacinas produzidas domesticamente é significativa, o governo de Moscou foi obrigado a rever a obrigatoriedade dos passes sanitários para restaurantes e bares. A medida não estava surtindo o efeito necessário e a pressão de empresários que estavam acumulando perdas falou mais alto.

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https://www.osul.com.br/italia-exigira-certificado-de-saude-em-locais-de-lazer/ Itália exigirá certificado de saúde em locais de lazer 2021-07-24
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