Sábado, 03 de maio de 2025
Por Redação O Sul | 1 de janeiro de 2024
O Japão retirou o alerta de tsunami após uma série de terremotos atingir a região. O mais forte deles teve magnitude 7,6, segundo o serviço meteorológico japonês. Por conta dos tremores, Rússia, Coreia do Norte e Coreia do Sul também emitiram alertas por tsunami em seus países.
Segundo a agência de notícias Reuters, o primeiro-ministro do país, Fumio Kishida, afirmou que, com a suspensão do alerta, tentarão estabelecer rotas marítimas para chegar a áreas isoladas no norte da Península de Noto.
Durante quatro horas, autoridades emitiram alertas de um “grande tsunami” com ondas de até 5 metros para a região Ishikawa – as ondas que atingiram a usina de Fukushima, em 2011, causando um dos piores acidentes nucleares da história, chegaram a 15 metros de altura.
Segundo informações da agência de notícias Reuters, citando o governo da província de Ishikawa, pelo menos 5 pessoas morreram. Um homem morreu ao ficar preso em escombros de um prédio que desabou, segundo a rede de TV japonesa NTV.
O terremoto mais forte, de magnitude 7,6, ocorreu na cidade de Anamizu, na região de Ishikawa, na costa oeste do Japão, por volta das 16h10 do horário local (4h10 no horário Brasília).
Mais informações
Sobre o tremor: O terremoto, que teve profundidade de 10 km (6 milhas), ocorreu às 16h10, hora local, cerca de 42 km (26 milhas) a nordeste de Anamizu, na província de Ishikawa, segundo Serviço Geológico dos Estados Unidos. Vários tremores secundários foram relatados no oeste do Japão, incluindo um tremor de magnitude 6,2 a cerca de 4 km (2,4 milhas) a sudoeste de Anamizu.
Alertas de tsunami: As autoridades emitiram alertas de tsunami para residentes do oeste do Japão. Os alertas são emitidos quando se espera que as ondas cheguem a 3 metros (9,8 pés). Ondas de tsunami de cerca de 1,2 metros (3,9 pés) foram relatadas na cidade de Wajima, informou a emissora pública japonesa NKH. Na cidade de Toyama e arredores, foram relatadas ondas de menos de 1 metro, enquanto a cidade de Noto também permaneceu sob.
Danos à infraestrutura: O terremoto destruiu rodovias no oeste do Japão, derrubou edifícios, causou incêndios e interrompeu as comunicações. Cerca de 33 mil famílias podem ser afetadas por cortes de energia, disse o secretário-chefe de gabinete japonês, Hayashi Yoshimasa, segundo a NHK.
Problemas nos transportes: Pelo menos cinco estradas foram fechadas e vários voos cancelados nos aeroportos da província de Ishikawa. Dois voos foram cancelados no aeroporto de Noto, onde há uma rachadura na pista. Um voo vindo de Tóquio pousou mais cedo, mas voltou para a capital. Houve 15 cancelamentos no aeroporto de Komatsu. As escolas não estão funcionando, e 21 delas foram transformadas em centros de evacuação.
Esforços de resgate e recuperação: Pelo menos 8.500 militares estão de prontidão para ajudar nos esforços de emergência após o tremor, disse o ministro da Defesa do Japão, Minoru Kihara. Autoridades de saúde na cidade de Suzu disseram que alguns médicos não poderiam tratar pacientes feridos porque estradas danificadas os impedem de viajar.
Moradores presos: Civis gritaram em vídeos postados nas redes sociais depois que casas inteiras foram destruídas no oeste do Japão. Em outro vídeo, pessoas se agachavam sob as mesas de uma pista de boliche local, onde tremores abalaram a infraestrutura e telas de TV podiam ser vistas tremendo no teto. “Minha cidade está em um estado terrível”, disse uma pessoa em um vídeo postado em Noto. “Espero que não haja fogo.”