Quinta-feira, 25 de abril de 2024
Por Redação O Sul | 8 de agosto de 2020
Pela primeira vez em 40 anos, plebeus poderão caminhar entre as roseiras de um dos jardins particulares da realeza britânica. Desde este sábado (8), o East Terrace Garden do Castelo de Windsor está aberto aos visitantes. Mas apenas aos fins de semana e até o final de setembro, quando termina a temporada de veraneio da rainha Elizabeth II em Balmoral, na Escócia.
Os visitantes do castelo, onde a rainha esteve em isolamento desde o início da pandemia do novo coronavírus, poderão conhecer o jardim, criado nos anos 1820 e que conta com 3.500 roseiras plantadas em torno de uma fonte central. Possui uma história colorida que serviu os gostos de diferentes monarcas ao longo dos séculos.
O jardim foi inicialmente plantado para criar uma vista agradável dos apartamentos da realeza ao longo da fachada oriental do castelo.
“O primeiro jardim construído aqui foi em 1824 durante o reinado de George IV. Mas antes disso, na Idade Média, seria a trincheira defensiva”, disse Richard Williams, curador educacional do Castelo de Windsor. “Para proteger as muralhas do castelo, Carlos II, no século XVII, criou este terraço em que estamos e também foi colocado gramado porque ele realmente gostava de jogar boliche.”
Os jardins foram posteriormente remodelados pela rainha Vitória e pelo príncipe Albert no século XIX, embora o príncipe Philip, marido da rainha Elizabeth II, seja responsável pela aparência atual do jardim que data de 1971. Durante a Segunda Guerra Mundial, o jardim deu lugar a hortas, disse Williams:
“Havia dois canteiros separados reservados para as jovens princesas Elizabeth e Margaret. Eles plantaram milho doce, tomate e feijão, eu acho, tudo como parte do esforço de guerra, fazendo a sua parte.”
Windsor é uma pequena cidade no condado de Berkshire, 34 km a Oeste de Londres, carregada de símbolos da monarquia. É lá que estão o castelo que muitos dizem ser o preferido da rainha, e a escola de Eton, onde estudaram príncipes e nomes importantes da política britânica.
Elizabeth II e o marido, príncipe Philip, costumam passar os fins de semana sem compromissos oficiais em Windsor. Oficialmente, a rainha é presença certa na cidade durante a Páscoa e no mês de junho, quando a Jarreteira, a mais alta ordem de cavaleiros do Império Britânico, se reúne na capela de São Jorge, dentro do castelo.
Numa espécie de rivalidade Rio-São Paulo, os moradores da cidade costumam dizer que a rainha gosta tanto do castelo de Windsor que o chama de “casa” e ao palácio de Buckingham de “escritório”.