Quinta-feira, 25 de abril de 2024

Porto Alegre

CADASTRE-SE E RECEBA NOSSA NEWSLETTER

Receba gratuitamente as principais notícias do dia no seu E-mail ou WhatsApp.
cadastre-se aqui

RECEBA NOSSA NEWSLETTER
GRATUITAMENTE

cadastre-se aqui

Brasil JBS diz em delação que Temer herdou 15 milhões de reais de conta de Mantega; assista

Compartilhe esta notícia:

O então vice-presidente Temer com o ex-deputado Cunha e o ex-ministro Mantega em 2014. (Foto: Reprodução)

O diretor da JBS Ricardo Saud disse, na sua delação premiada ao MPF (Ministério Público Federal), ter viabilizado pagamentos num total de R$ 15 milhões a pedido do presidente Michel Temer em 2014, quando ele ainda ocupava o cargo de vice-presidente.

O valor era proveniente de um “saldo” de negócios do grupo de Joesley Batista junto ao BNDES e era usado para financiar campanhas do PT. Porém, após acerto com o então ministro da Fazenda Guido Mantega, que controlava o uso desses recursos, ficou acertado que R$ 15 milhões seriam repassados a destinatários indicados por Temer.

O PMDB era coligado ao PT em 2014, na chapa que concorria ao Palácio do Planalto e se saiu vencedora, elegendo Dilma Rousseff e Temer.

De acordo com Saud, delator da Lava Jato, ele foi a Brasília em 18 de agosto para avisar Temer que o montante seria liberado após acerto com Mantega.

No encontro ficaram acertaram os destinatários: R$ 1 milhão seria entregue em dinheiro no endereço da empresa Argeplan Arquitetura e Engenharia, em São Paulo. A Argeplan foi alvo de mandados de busca e apreensão nesta quinta-feira (18) durante a Operação Patmos. Um dos sócios da empresa é o coronel aposentado João Baptista Lima Filho, amigo pessoal de Temer.

A maior parte do dinheiro, R$ 9 milhões, seria paga de forma “dissimulada” como doações oficiais ao Diretório Nacional do PMDB por meio de cinco depósitos.

Saud conta ainda que o grupou repassou, via caixa 2, R$ 2 milhões à campanha de Paulo Skaf, presidente da Fiesp, ao governo de São Paulo pelo PMDB. De acordo com o delator, o valor foi pago à JEMC consultoria, ligada ao publicitário Duda Mendonça.

Os R$ 3 milhões restantes teriam sido enviados em dinheiro ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) por meio do emissário Altair Alves Pinto.

Inicialmente, Batista tinha acertado com Mantega o repasse de R$ 35 milhões a seis senadores do PMDB. Seriam R$ 8 milhões a Renan Calheiros (AL), R$ 2 milhões a Valdir Raupp (RO), R$ 8 milhões a Jader Barbalho (PA), R$ 8 milhões a Eduardo Braga (AM), R$ 8 milhões a Vital do Rêgo (Hoje ministro do TCU) e R$ 1 milhão ao PMDB do Tocantins.

Joesley pediu então que Saud procurasse Temer para falar sobre o acerto de recursos que seriam repassados do “saldo BNDES/Fundos” ao PMDB.

Ao procurar o então vice-presidente, Saud ouviu que era preciso cancelar a operação e aguardar que o peemedebista reassumisse o comando do partido, o que aconteceria “em breve”. O dinheiro foi liberado pouco mais de um mês depois, com Temer já na presidência do PMDB. O repasse foi feito com a autorização de Mantega e era referente ao “saldo BNDES/Fundos”. (Folhapress)

Assista:

Compartilhe esta notícia:

Voltar Todas de Brasil

Procurador-geral da República acusa o presidente Michel Temer de corrupção, obstrução de Justiça e organização criminosa
Delator relata cobrança de Eunício Oliveira, presidente do Senado, no valor de 5 milhões de reais
https://www.osul.com.br/jbs-diz-em-delacao-que-temer-herdou-15-milhoes-de-reais-de-conta-de-mantega-assista/ JBS diz em delação que Temer herdou 15 milhões de reais de conta de Mantega; assista 2017-05-19
Deixe seu comentário
Pode te interessar