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Colunistas Jogaram o Aécio fora!

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Aécio Neves (Foto: José Cruz/Abr)

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul. O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

As notícias que envolvem a nomeação do ex-presidente Lula como ministro logo cassado por uma liminar lá mesmo da capital federal, tornada sem efeito em poucas horas até a decisão absolutamente questionada, inclusive pelos seus próprios pares, do Ministro Gilmar Mendes reconhecidamente um ativista da oposição ao governo nos últimos doze anos pedem urgência nos desdobramentos, certo? Errado.

O STF só tem sessão marcada para o dia 30 de março. Para quem como nós vai ralar sem trégua mesmo na expetativa do coelhinho uma semana de folga no Supremo causa inveja ou raiva dado o momento político atual? Tudo bem é legal. A Lei 5.010, de 1966, baixada durante a ditadura militar, deu ao Judiciário o intervalo entre 20 de dezembro e 6 de janeiro; a Semana Santa mais longa; carnaval com a segunda-feira enforcada; o 11 de agosto, em que se comemora a fundação dos cursos jurídicos; 1º e 2 de novembro, dias de Todos os Santos e de Finados; e o 8 de dezembro, o Dia da Justiça.

Daí que os advogados de Lula solicitaram um habeas corpus encaminhado ao presidente do STF, Ricardo Lewandowski.  A defesa de Lula pede que a decisão do Ministro Mendes, que devolveu ao super juiz de Curitiba as ações referentes à Lula na Lava-Jato seja anulada e sejam mantidas com o ministro Teori Zavascki, que tem a competência sobre o caso Lava-Jato no Supremo.

O curioso que foge da atenção do pacato cidadão foi que o próprio Moro havia declinado dessa competência para Teori Zawaski na última quarta feira, quando a presidenta Dilma Rousseff nomeou Lula para a Casa Civil. O pedido de HC afirma que não é legal misturar questões penais numa ação administrativa – como é a nomeação de ministros – e que Gilmar já havia feito prejulgamento do caso, em críticas públicas ao PT e ao ex-presidente Lula.

Cabe destacar que em entrevista ao SUL21 o Ministro Marco Aurélio Mello afirmou ontem que: “A situação chegou a um patamar inimaginável. Eu penso que nós precisamos deixar as instituições funcionarem segundo o figurino legal, porque fora da lei não há salvação. Aí vigora o critério de plantão e teremos só insegurança jurídica”, declarando: “Ele (Moro) simplesmente deixou de lado a lei. Isso está escancarado e foi objeto, inclusive, de reportagem no exterior. Não se avança culturalmente, atropelando a ordem jurídica, principalmente a constitucional.” Muitos apostam que o juiz paranaense vai pedir a prisão de Lula nas próximas horas. Uma verdadeira montanha russa inconstitucional. Vale a pena ler a integra do pedido de habeas corpus.

Enquanto isso Michel Temer se prepara ostensivamente para assumir a Presidência da República. Seus apoiadores, entre eles a imprensa especialmente Globo e Abril dão como liquido e certo o impeachment da presidenta Dilma. Aécio foi jogado fora. Quatro dias atrás, Época (Globo) denunciou a conta de sua família no paraíso fiscal de Liechtenstein; ontem, Veja afirmou que, numa escala de zero a 10, a chance do tucano ser denunciado pela Procuradoria-Geral da República é de 11.

Como o Corvo em 1964 Aécio está sendo abandonado pelos supostos parceiros depois da derrota jamais digerida em 2014. Para o dia 31 de março aniversário do golpe militar de 1964 os apoiadores de Lula e Dilma estão marcando manifestações em todo o país. O ministro Mello reconhece o momento critico: “O que eu receio é o problema das manifestações de rua. Mas aí nós contamos com uma polícia repressiva, que é a polícia militar, no caso de conflitos entre os segmentos que defendem o impeachment e os segmentos que apoiam o governo. Só receio a eclosão de conflitos de rua”. Um feriadão da mais alta corte justo num momento critico da democracia, ninguém merece! É legal? Sim. Só não é conveniente e menos ainda moral!

Esta coluna reflete a opinião de quem a assina e não do Jornal O Sul.
O Jornal O Sul adota os princípios editorias de pluralismo, apartidarismo, jornalismo crítico e independência.

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