Terça-feira, 29 de abril de 2025
Por Redação O Sul | 13 de julho de 2016
A menos de um mês da abertura dos Jogos Olímpicos, o consumidor precisa estar mais atento para não se tornar um alvo fácil de fraudes digitais. É que hackers costumam usar datas comemorativas e eventos de apelo popular, quando cresce o número de transações pela web, para ludibriar internautas. E, até em uma venda olho no olho, deve-se estar atento às armadilhas.
Um exemplo de golpe de venda pessoal é o do curso on-line “Meu Livro, Minha Vida”, de reforço escolar, que já levou mais de 200 pessoas a recorrerem à Justiça. Após o pagamento da taxa de adesão, não se consegue acessar a página do curso, nem cancelar o contrato e receber o reembolso. O juiz Flavio Citro alerta: “O maior risco está em contratos firmados por impulso, sob a pressão do vendedor”. Conforme Citro, quem se sentir lesado deve procurar a Delegacia do Consumidor para denunciar. E também deve estar atento às dicas a seguir.
Phishing, a fraude eletrônica mais praticada no Brasil.
Essa fraude é caracterizada por uma tentativa de obter dados sigilosos. De acordo com Gerson Rolim, diretor de Comunicação da Câmara-e.net, o fraudador manda um e-mail travestido de uma marca conhecida – como lojas, empresas de serviço ou bancos. Ao acessar o link, o usuário cai em um site pirata, com aparência e endereço muito parecidos com o verdadeiro. A melhor maneira de saber se um site é verdadeiro é verificar se o endereço é precedido por https e clicar no cadeado que aparece no início da página, que é uma certidão digital. Contra os malwares – softwares destinados a se infiltrarem em um sistema de computador para danos, alterações ou roubo de informações –, manter um antivírus atualizado é o melhor remédio, diz Rolim.
Cuidado com empresa que se passa por operadora de telefonia para cobrar taxa.
Na semana em que seria instalado o pacote de internet e telefonia fixa da antiga GVT, uma consumidora recebeu uma ligação de uma mulher, que se dizia atendente da empresa, pedindo os dados do seu cartão de crédito e CPF para cobrança de uma taxa única, de 24,90 reais, para a conexão remota de seu computador com a internet. Ela forneceu as informações, e a taxa foi debitada. Só depois desconfiou, e confirmou com a operadora que a cobrança não existia. O telefone da chamada era o 021 4062-9025. A Vivo, que comprou a GVT, informa que não solicita a clientes o número do cartão de crédito para pagamentos, não efetua cobrança de serviço por débito em conta corrente ou boleto à parte, não tem parceria com companhias de instalação nem autoriza outras empresas a falarem em seu nome. A Oi não comentou o golpe.
Atenção redobrada nas transações bancárias.
A primeira recomendação da Febraban (Federação Brasileira de Bancos) é nunca revelar a senha a terceiros, mesmo a quem se identifique como funcionário do banco. Também não se entrega o cartão, nem que esteja danificado. Não se recomenda usar telefones de terceiros para acessar a conta-corrente ou ligar para o banco, pois a senha poderá ficar registrada na memória do aparelho. Caso receba uma ligação suspeita, a orientação é encerrar a chamada e ligar para o banco, usando outra linha e certificando-se que é o número de atendimento oficial. Pedidos de senha e dados cadastrais, seja por telefone seja por e-mail, podem se tratar de um golpe.
E-commerce, um prato cheio para golpistas de plantão.
Circula na rede um e-mail do Walmart oferecendo produtos com preços até 50% menores que os habituais. Diretor de Segurança da rede americana, Bruno Motta Rego disse tratar-se de mensagem falsa, pois o endereço eletrônico e os links no corpo do e-mail não estão relacionados ao domínio da empresa: “Existem sites falsos criados para enganar os clientes. Na dúvida, para se certificar de que o endereço apresentado em seu browser corresponde ao site visitado, a dica é clicar o endereço com o botão direito do mouse. Se o que aparecer não corresponder exatamente ao que se diz remetente, trata-se de um golpe”. (AG)